Em homenagem aos pets que tem, Paulo criou CD ‘Bom pra cachorro’
De rock ao reggae, álbum traz 12 faixas inspiradas em cachorros da família do biológo
![Paulo Robson de Souza com o cachorro Ted no colo, um dos cachorros que ganharam música. (Foto: Arquivo pessoal)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2024/04/12/35bib285bgu8g.jpeg)
“Tem um cão na fronteira, um bulldoguinho francês em Ponta Porã [...] Se esconde no chalé ou atrás do abajur, ele insiste em sumir”. Esses e outros versos formam a canção ‘Ozzy, o Buldogue Francês (Galicismos)’, escrita pelo biólogo Paulo Robson de Souza, de 62 anos.
Professor de Biologia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e músico, ele compôs o álbum ‘Bom pra cachorro’ inspirado em histórias reais dos animais de estimação que estão e um dia estiveram na família.
Disponível em todas as plataformas digitais, o trabalho é composto por 12 faixas autorais cantadas pelo Paulinho e outros compositores, como Joice Terra, Áttila Gomes, João Grefe, Bekó Santanegra, Beth Arndt, Yag e mestre Galvão (in memoriam).
Veja o vídeo:
Ao Lado B, o compositor fala sobre as músicas e os animais de estimação que o inspiraram a produzir o álbum. Natural da Bahia, Paulinho cresceu em uma roça na região sudoeste do estado onde teve contato com vários bichos. Essa proximidade, segundo ele, foi importante para definir o caminho profissional que iria trilhar.
“Lembro até hoje da vaca holandesa Gatinha, dos cavalos Príncipe e Princesa, do jumento Roxinho, todos habitantes da pequena fazenda que tínhamos na Piabanha. Acho que por isso minha primeira profissão sonhada foi Veterinária. Acabei cursando Ciências Biológicas, o que ampliou minha visão para os animais não domésticos”, diz.
Já o contato com a música ocorreu por volta dos 16, 17 anos quando compôs as primeiras letras, sendo algumas em parceria com o amigo Eduardo Boaventura. Na época, Paulo não deu continuidade à carreira artística, que ressurgiu novamente apenas em 2006 quando já dava aulas na universidade pública.
Em 2006, Paulo escreveu o livro educativo ‘Animais Mais Mais’ que posteriormente ganhou melodias virando um álbum cantado por amigos. Esse material antecedeu o álbum ‘Bom pra cachorro’, que começou a ser produzido em 2017.
‘Lilica’ e ‘Mel’ foram as primeiras canções desse projeto que ganhou força em 2022. “A maioria escrevi em 2022 quando me propus o desafio de compor uma música por semana (e consegui). Ano passado compus mais duas ou três, sendo a última, "Pretinha", musicada pelo Béko Santanegra”, conta.
Além desses nomes, outros ganharam destaque no trabalho musical. O álbum é composto pelas seguintes faixas: ‘Ozzy, o Buldogue Francês’, ‘Ted, o grande caçador’, ‘Eu, Morpheu’, ‘Peregrino (o cachorro caramelo)’, ‘Tita’, ‘Belchior, Meu Cão’, ‘Pula, pula Pretinha’, ‘Ps: Nala’ e ‘O que seria de nós sem ele’.
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Dando mais detalhes sobre as composições, Paulinho fala que o CD passeia por vários gêneros musicais e que as letras trazem singularidades sobre cada animal, como porte físico e temperamento. “Bom pra cachorro’ revisita diversos gêneros musicais como o reggae (“Tita”), Dixieland (a divertida “Ted o grande caçador”), Tex-Mex (“Belchior, meu cão”), o Bolero (“Bolero da Bethânia: a filhotinha do Morpheu”) e o Pop (“Peregrino, o cachorro caramelo”), explica.
No caso de ‘Ozzy, o Buldogue Francês’, o professor optou por uma valsa musette cheia de palavras de origem francesa, enquanto a Nala que é uma buldogue inglesa ganhou um rock inglês. A última faixa do álbum, segundo ele, é uma homenagem a todos os animais.
“O que seria de nós sem ele’, interpretada pela cantora paulista Twyla Correia, participante do The Voice Brasil, é dedicada a todos os cães do mundo, inclusive outros que conviveram com nossa família, mas que não consegui homenageá-los a tempo”, destaca.
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