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Diversão

Netflix muda cena e tira nome de empresa de MS de série polêmica

Marta Ferreira | 06/11/2018 15:10
Quando a série foi ao ar, nome da empresa era Sanesul. (Fotos: reprodução vídeo disponível na Netflix)
Quando a série foi ao ar, nome da empresa era Sanesul. (Fotos: reprodução vídeo disponível na Netflix)
Agora, a cena permanece, mas o nome da firma mudou para Sanecur.
Agora, a cena permanece, mas o nome da firma mudou para Sanecur.

Sete meses depois de ir ao ar, em março, a Netflix alterou cenas da série “O Mecanismo” e, em uma carta, assegurou que a empresa de saneamento descrita na produção com o nome de “Sanesul” é puramente ficcional. A produtora de conteúdo em vídeo para streaming foi notificada pela empresa homônima de Mato Grosso do Sul, diante das cenas indicando cobranças ilegais de funcionários da companhia na série, associação considerada prejudicial à imagem da companha de saneamento estatal de Mato Grosso do Sul.

Em março deste ano, o Campo Grande News mostrou em reportagem que no sétimo episódio (“O último respiro”) de “O Mecanismo”, o delegado federal Marco Ruffo, interpretado pelo ator Selton Mello, esbarra em esquema de cobrança “por fora” para resolver problema na rede de esgoto e chega até alguém com cargo de chefia da Cia. Sanesul – Companhia de Água e Esgoto.

A cena expôs no bloquinho e no veículo usado pelo funcionário o nome da Cia. Sanesul e a logomarca da empresa, representada por uma imagem branca, azul e verde, similar ao da empresa sul-mato-grossense –que se vale de uma gota azul estilizada com o “S”. À época, a situação provocou reação na empresa, que notificou a Neflix.

Cerca de um mês atrás, segundo apurou a reportagem, o episódio 7 passou a ser exibido com um novo nome para a empresa “Sanecur”, tudo para evitar um processo cuja indenização poderia ser milionária.

Em carta endereçada à Sanesul, datada de 28 de setembro, e que está disponível no site da empresa, logo que o internauta acessa a página, a direção da Neftlix no Brasil garante que tudo não passou de coincidência. A lógica usada para explicar é simples: o nome da empresa teria sido criado a partir da palavra saneamento mais sul, uma vez que a história, baseada nas investigações da operação Lava Jato, se passa em Curitiba, na região sul do País.

As empresas não se manifestam a respeito. Pelo que foi apurado, este foi o pacto feito entre elas. Não há detalhes, por exemplo, de um eventual acordo financeiro.

Nas redes socais, a série teve bastante polêmica quando foi lançada, gerando até entrevero entre a ex-presidente Dilma Rousseff e o diretor, José Padilha. Até campanha de boicote à Netflix foi convocada. A produção, em todos os seu episódios, alerta que é uma obra ficcional. A segunda temporada já foi anunciada, sem previsão de estreia.

Carta enviada pela Netflix à Sanesul. (Arte: Thiago Mendes)
Carta enviada pela Netflix à Sanesul. (Arte: Thiago Mendes)
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