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Diversão

Paulinho da Viola e os 50 anos de canções ainda super pertinentes

Anny Malagolini | 30/04/2014 11:17
Sambista completou em 2014 50 anos de carreira. (Foto: Marcelo Victor)
Sambista completou em 2014 50 anos de carreira. (Foto: Marcelo Victor)

Voz mansa e dedos marcados pelas cordas do samba. São as primeiras impressões sobre o cantor Paulinho da Viola, que recebeu o Lado B para falar sobre o que um sambista com 50 anos de carreira percebe da música brasileira de hoje.

Se é a primeira vez que vem a Campo Grande, nem ele soube afirmar. “Me disseram que eu vim aqui há 20 anos, mas não me lembro”. Mas se tem algo que parece pouco importar na história de Paulinho é o tempo.

Uma das letras mais conhecidas dele, “Sinal Fechado”, é exemplo disso. “Tinham letras feitas na década de 30 que eram vistas como maluquice, mas hoje fazem sentido”, lembra sobre a canção sobre uma parada no semáforo. "Olá, como vai. Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo, correndo. Pegar meu lugar no futuro, e você? Tudo bem, eu vou indo em busca. De um sono tranquilo, quem sabe?"

Simples, ele sai de cena para citar  a poesia ainda pertinente de Bezerra da Silva, Cartola e Tom Jobim, cada um na sua época e estilo musical, do samba a Bossa Nova. “O samba tem hoje uma geração diferente, não está dentro das escolas (de samba). Cartola não cantaria um enredo de hoje em dia, por exemplo”, define.

Na avaliação de Paulinho, o samba se renovou e vai resistir enquanto houve a periferia das cidades. “No começo dos anos 80 ele desapareceu das rádios, mas ele se manteve na periferia. Nunca morre porque o povo não quer”.

O sambista também fala sobre outros ritmos que no Brasil surgiram com força na periferia, o rap e o funk. “Reconheço, já ouvi algumas músicas, mas sou de outra época. Acho interessante, cada época tem sua identificação”.

Neste ano deve haver novidades na carreira de Paulinho da Viola, que gravou o último trabalho em 2007. Mas só diz isso, não detalha se haverá algo inédito e novas parcerias. “Tenho uma forma diferente de composição, não há hora nem lugar, então não dá pra definir nada ainda”, explica.

Apaixonado pela Portela, foi lá que o músico carioca de 71 anos começou sua carreira em 1964. Ele tem 21 discos gravados e uma das canções mais populares é “Foi um rio que passou em minha vida”, que entra no repertório do show desta quarta-feira, no Palácio Popular da Cultura, a partir das 21h30.

Os ingressos custam de R$ 100,00 e R$ 150,00 e estão a venda no site www.compreingressos.com. Idosos e estudantes com carteirinha pagam meia-entrada.

A "novidade" pedindo autógrafo (Foto: Marcelo Victor)
A "novidade" pedindo autógrafo (Foto: Marcelo Victor)
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