"Troca-Troca de Livros" promete arranjar novos donos para obras lidas

O anúncio criado no Facebook é claro: “Proibido livros-chatos”. É um dos pré-requisitos para a segunda edição do “Troca-Troca de Livros”, evento que acontece neste sábado (7), às 16h30, na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande. O ponto de encontro não é exato, mas sinaliza para “algum lugar perto do monumento em homenagem à Imigração Japonesa”.

A recomendação aos participantes é que levem “algum tipo de pano para estender na grama” e colocar os livros em cima, um dos cuidados tomados agora, depois da experiência que marcou a primeira edição, no ano passado.

“Leve seus livros, exponha e troque. Atenção aos "valores de mercado", recomenda Liana Weber Pereira, que criou o evento público na rede social. Em outro post ela mesma explica:

“O Troca-Troca de Livros é, antes de tudo, uma troca de experiências, pois cada livro expande nosso pensamento, refletindo na maneira como experimentamos o mundo e nossas relações com as demais pessoas”.

A ideia é promover o escambo de livros, a fim de que as obras “adquiram novos donos e povoem novas mentes”. Até agora, dos 2.131 usuários convidados, apenas 150 confirmaram presença.

Há, inclusive, quem adiantou o que pretende trocar. Joana Andrade, por exemplo, disse que vai levar “A língua de Eulália”, de Marcos Bagno, “Olhai os lírios do Campo”, de Erico Veríssimo, a autobiografia de Lobão (50 anos a mil) e “Os Miseráveis”, adaptação de Júlio Emílio Braz. Todos, descreveu, “novíssimos”.

Jussy Limenõ disse que vai “dar uma espiada” porque não consegue se livrar do desapego. “Todos tem um grande valor sentimental.... Ta bom, um pouco de egoísmo também. Estou disposta a trocar Édipo Rei, O caso dos 10 negrinhos, e quem sabe, se alguém estiver disposto a trocar por um tão bom quanto "A menina que roubava Livros, quem sabe”, escreveu.

Liana Weber avisa: “Atenção: todos os meus (lidos) tem suas melhores partes grifadas, furta cor. Coisa de primeira linha”. “Que fofa”, disse Fernanda Alves. “A maior parte dos meus tem comentários manuscritos”, comentou Ricardo Leão.

Olivio Zorge foi mais realista. “E que fique bem claro: sujeira de Cheetos nas folhas não é ‘alma do leitor’”, afirmou. Foi o único, nesta publicação, que levou 4 “curtir”.

O “Troca-Troca de Livros" é um evento público. Acesse a página e participe.