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Games

Consoles Android podem ser uma alternativa boa e barata de diversão digital

Edson Godoy | 10/04/2014 06:33
Consoles Android podem ser uma alternativa boa e barata de diversão digital

Desde os primeiros aparelhos de videogame, esse sempre foi um item de entretenimento com um custo relativamente alto, com aparelhos que chegaram a custar, no lançamento, 700 dólares (como o Panasonic 3DO de 1993). Hoje não é diferente: os consoles da nova geração chegam ao Brasil com valores próximos de dois mil reais, um valor bastante significativo, ainda mais se levarmos em conta a renda média da população brasileira.

Algumas iniciativas já foram tentadas em busca de “popularizar” essa forma de entretenimento digital. No Brasil a Tec Toy foi pioneira, mantendo os consoles Master System e Mega Drive no mercado por muitos e muitos anos, como forma de manter uma alternativa de menor custo.

Por fim, essa mesma empresa tentou emplacar o Zeebo, porém sem sucesso.

Eis que meio que sem querer, uma alternativa surgiu: a plataforma Android. Inicialmente feita para funcionar como sistema operacional de aparelhos de telefonia celular, ela invadiu o mundo dos games, principalmente pela facilidade de programação e pela alta compatibilidade, bem como pelo baixo custo, por ser uma plataforma aberta (open source).

O sucesso dos jogos Android em aparelhos celular ficou notório, porém logo se percebeu que essa plataforma tinha potencial para expandir seus horizontes. Eis que diversas empresas começaram a projetar consoles com esse sistema.

As empresas chinesas foram as pioneiras, em especial a JXD, que criou diversos aparelhos portáteis (que tinham formato parecido com consoles de grandes marcas como o Sony PSP), que além dos jogos feitos para celulares Android, ainda tinham como grande atrativo a possibilidade de jogar games de consoles antigos (tais como Super Nintendo, Playstation One e Mega Drive) através da emulação.

Com o crescimento exponencial da plataforma Android, os consoles foram saindo da telinha dos portáteis e migrando para as TV’s. Eis que surge o Ouya, o principal console dessa linha Android.

Ele foi criado de uma forma nada convencional: através de um projeto no Kickstarter (site que busca obter financiamento para projetos). Com desenvolvimento iniciado em 2012, teve a ajuda de colaboradores de diversas partes do mundo.

Lançado mundialmente em 25/06/2013 pelo convidativo preço de 99 dólares, o console conta com um design compacto e harmonioso (um pequeno cubo), juntamente com um controle de qualidade mediana. Roda uma versão própria do sistema Android e já conta com uma biblioteca de mais de 700 jogos disponíveis, todos vendidos online por preços bastante camaradas (giram em torno de 5 dólares).

Jogos consagrados como Sonic 4, Final Fantasy 3, Alien Vs. Predator Evolution, Raiden e muitos outros estão disponíveis para o aparelho, que além de games ainda tem uma excelente qualidade para rodar filmes e todo o tipo de conteúdo digital. Além das softhouses famosas, diversos desenvolvedores independentes (“indies”) produzem conteúdo para o aparelho. Aliás essa também é uma grande característica dos consoles Android, alimentada pela facilidade de programação da plataforma.

Diversos outros consoles Android do padrão do Ouya foram lançados recentemente, dentre eles cito o Nvidia Shield e o Game Stick, e diversos outros estão a caminho, como o recém anunciado Amazon Fire TV. Cada um deles possui características próprias, com a essência dos consoles Android mantida. Se você quer saber mais sobre esses consoles, indico o blog Android Players (http://androidplayers.blogspot.com.br) do amigo Fernando Fenero, que inclusive colaborou para esta matéria.

Infelizmente nenhum desses consoles foi lançado oficialmente no Brasil, sendo a internet e importadores independentes, como a loja Retro Gamers (www.facebook.com/retrogamersbr), as melhores formas de adquirir tais aparelhos. Por hoje é isso pessoal. Até terça que vem com mais uma matéria especial aqui no Lado B.

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