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O que a Microsoft realmente pretende com maior interação entre PC e Xbox One?

Edson Godoy | 15/03/2016 12:00
O que a Microsoft realmente pretende com maior interação entre PC e Xbox One?

Nas últimas semanas algumas declarações de membros da Microsoft envolvidos com a divisão Xbox deixaram vários donos de seu console um tanto preocupados. Trata-se da crescente unificação que a empresa está fazendo entre jogos para PC e de seu console, Xbox One, através da cada vez maior proximidade do sistema operacional Windows 10 com o sistema do One. A impressão que muitos gamers passaram a ter é que o console da Microsoft está seguindo um caminho que pode leva-lo à extinção ou à obsolência. Mas será isso mesmo?

A maior crítica talvez seja para a quase inexistência de títulos exclusivos, pois jogos como Quantum Break, um dos jogos mais esperados para o One neste primeiro semestre, que inicialmente seria exclusivo do console, teve versão para PC confirmada. O medo da maioria dos donos do One é que ele acabe se tornando uma espécie de “Steam Machine”, um console que aos poucos perca a sua identidade e acabe se tornando uma espécie de PC. Esse risco existe? Não acredito. Explico:

Desde os primórdios dos jogos eletrônicos, consoles e PC’s tiveram convivência pacífica e harmônica. Dificilmente o mercado de um era afetado pelo outro, pois ambos geralmente possuem público fiel, pois a experiência em cada um é e sempre foi diferente. Jogos para PC geralmente tem uma “pegada” diferente dos jogos para console. Mesmo os jogos que saem para ambos, acabam produzindo experiências distintas, pois cada um possui características próprias: proximidade com a tela, forma de controlar o jogo (teclado e mouse ou controle), diferenças técnicas, dentre tantas outras. O próprio Phil Spencer, chefe da divisão Xbox, mencionou isso durante entrevista recente.

Sabemos que os jogos para PC’s possuem maior qualidade técnica, porém para atingir esse alto nível se faz necessário um investimento financeiro pesado em hardware. Nesse ponto, o console leva larga vantagem, pois consegue entregar uma experiência de ótima qualidade, a um custo bem menor. Tudo bem que na parte de software essa vantagem muda de lado: jogos para PC’s custam em média 40% do preço de um jogo equivalente para console. Mas hoje, um PC top de linha para jogos pode custar fácil o preço de uma moto ou até de um carro, dependendo do nível da máquina.

Antigamente ainda havia o argumento da facilidade dos consoles em relação aos PC’s, devido a desnecessidade de instalação do jogo e afins. Hoje sabemos que isso agora vale para as duas plataformas. Ainda assim, muitas pessoas acostumaram de tal forma com os consoles que não trocam a experiência de jogar nos videogames para se aventurar nos PC’s.

Outros poderiam também argumentar que seria possível o ganho de terreno por parte da Sony com seu Playstation ante a linha Xbox, porém isso vale para os dois lados. Muitos dos jogos que saem para Playstation 4 também saem para PC (talvez não na mesma proporção, mas saem). Street Fighter V é o melhor exemplo.

Agora vamos aos argumentos positivos: primeiro que para as desenvolvedoras, lançar seus jogos em mais de uma plataforma é sempre uma boa opção, ainda mais no caso do Windows 10 e o Xbox One, que possuem características propícias à realização de uma fácil portabilidade entre eles, diminuindo custos e aumentando lucros. Isso poderá no futuro reverter em favor do consumidor, com uma maior quantidade de lançamentos e até mesmo preços mais baixos, quem sabe?! Afinal, sonhar não custa nada (risos...).

Ontem ainda, durante a GDC – Feira de Desenvolvedores que acontece nos Estados Unidos, tivemos mais uma notícia relacionada ao Xbox One e o Windows 10, que é a permissão para que jogos do Xbox One possam ser jogados em multiplayer com plataformas que utilizem Windows 10 e até mesmo com o Playstation 4. A primeira empresa que confirmou a implementação disso foi a Psyonix, desenvolvedora de Rocket League. É claro que a princípio, isso será compatível apenas entre Xbox One e dispositivos Windows 10. Para que funcione também nos consoles da Sony é necessária autorização também da empresa japonesa. Mas a Psyonix declarou que sua intenção é expandir essa possibilidade de cross-play no futuro.

Para o consumidor, quanto maior o leque de opções, mais vantajoso será. Então amigos, o que vale é sempre aquela máxima: não importa em qual sistema, o importante é jogar e principalmente, se divertir. Videogame é isso.

Confira no vídeo abaixo o nosso mais recente episódio de nosso programa Vídeo Game Data Show, onde mostramos todos os jogos lançados para consoles e arcades baseados na franquia de filmes Alien. A coluna de games do Lado B tem o apoio da loja Press Start, localizada no Shopping Bosque dos Ipês, aqui em nossa capital.Não deixe também de visitar meu site, o Vídeo Game Data Base.

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