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Pacer quer ser um game veloz e furioso; confira a análise

Victor Ponciani | 03/11/2020 06:20
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O futuro dá a muitos criadores chances de serem criativos e grandes ideias, armas mais complexas, carros e designs mais metálicos e brilhantes. Isso reflete também no mundo dos games como por exemplo VA-11 Hall-A, Cyberpunk 2077,Sayonara Wild Hearts e, principalmente, Wipeout, que foi muito conhecido por suas pistas futuristas, naves e armas. Infelizmente a série de games parou em 2017 com Wipeout Omega Collection no Playstation 4 reunindo WipEout HD, WipEout HD Fury e WipEout 2048 em um só pacote.

Desde então muitos jogos apareceram e sumiram tentando trazer esse estilo de corrida futurista de volta, e o novo e talvez mais promissor a tentar é o  jogo criado pela R8 Games chamado Pacer.

Em seu Early Access anterior, o título teve reviews misturadas principalmente pelos bugs e a falta de conteúdo. Porém agora estamos quase no final de 2020 e o jogo teve seu lançamento oficial realizado, mas então como ele sobreviveu ao hype? Só há uma forma de descobrir.

Ao iniciar o jogo somos recebidos com uma bela tela de introdução, porém sem som algum, e anotem isso, pois infelizmente será um tema recorrente nesta review. Pulei para minha primeira corrida para aprender os controles e fiquei surpreso com a quantidade de customização de armas e veículos disponíveis, passei pelo treinamento e corri para a campanha, o que nos leva a minha primeira decepção.

Mesmo com o grande número de peças e configurações que sou obrigado a passar antes do modo carreira, nenhuma das customizações do veículo chegou a salvar. Eu criei e adaptei uma nave para ser rápida, disparar raios, pintei de amarelo e a chamei carinhosamente de “King Ghidorah” em referência ao inimigo número 1 de Godzilla, para então iniciar a campanha e reparar que apenas as armas foram mudadas e o veículo continuou o mesmo. Tentei desinstalar o game e reinstalá-lo, porém esse problema se manteve.

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A campanha me trouxe outro defeito, ela inicialmente tem 3 corridas e depois são liberados mais circuitos, porém comigo isso não aconteceu, pesquisei por gameplays, desinstalei e instalei o jogo, mas este problema não foi resolvido mesmo depois do dia Oficial do Lançamento, e até agora não recebi nenhuma atualização para consertar isso.

Ao correr, foi difícil me adaptar aos controles, pois sua nave desliza muito fácil. A curva de aprendizado é complexa, me fazendo correr pouco e brincar de pinball com minha nave uma constante, tentando evitar as paredes e falhando miseravelmente. Senti que faltaram pistas mais casuais, que poderiam criar confiança no jogador antes de lançá-lo à boca do leão com suas pistas extremas e oponentes competentes. O level design oferece muito desafio e pouca variedade, mesmo que os cenários disponíveis sejam lindos. Com vários pequenos detalhes e coisas se movendo fazendo com que cada pista faça parte de um mundo maior.

Em pistas abertas como Midtown Trafik, Laika Kosmodrom e El Muro, o jogo se destaca, pois são pistas abertas com bastante espaço para correr manobrar e tentar arriscadas ultrapassagens, mas também há pistas como Niagara que são tão fechadas que fica quase impossível passar por alguns pontos sem trombar em algum carro ou nas paredes, o que me leva também a falta de um certo “clima” no jogo.

O título tem uma boa playlist de músicas quando elas decidem ser tocadas, já passei por corridas inteiras em uma música tocando e no final não há um tema de vitória nem um tema inicial da corrida para te deixar no hype para competir, o game apenas abre a pista e começa sem som algum na maioria das vezes.

E o combate?

Ele tem uma boa customização, você pode escolher cada arma que você quer em sua nave antes de começar a corrida podendo mudar de um estilo defensivo para um estilo mais ofensivo em instantes. O que por consequência acaba por te limitar em uma corrida, pois ao escolher armas para o ataque a partir do momento em que está em primeiro lugar você não pode se defender de ataques por traz, pois todas as suas armas miram apenas para frente.

Por fim, um enorme problema desta primeira semana com Pacer foi seu modo online, o grande foco do título. Me vi em maus bocados sofrendo para conseguir entrar em partidas e mesmo quando conseguia, os pilotos adversários eram tão rápidos que mesmo sem bater em nada tive dificuldades tentando alcançar. Isso atrapalha ainda mais o fator diversão, já que ninguém ficar esperando muito para participar de corridas e ter aquela merecida diversão.

Pacer, infelizmente, deixa a desejar em sua build atual. Com belos cenários, mas com poucas pistas memoráveis e uma curva de aprendizado altamente complicada, o game acaba não entregando o que os desenvolvedores gostariam. Talvez com alguma atualização futura que consertaria os muitos bugs, o game pode eventualmente criar uma base sólida de jogadores, e assim alcançar a diversão que realmente tem em sua essência, mas que ainda está claramente verde.

Sinto dizer mas Pacer ganha um 5 na minha lista até que tudo seja consertado.

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