Casal junto há 43 anos faz sucesso com bolos que lembram a casa da vó
Valda e Francisco compartilham o tempo na produção e venda de bolos e nem pensam em parar

A fila se forma cedo na barraca da Feira do Trilho, no Bairro Rita Vieira. E quem passa pelo local nas noites de quinta-feira já sabe que se não chegar cedo, vai ter que esperar ou corre o risco de ficar sem um pedaço do bolo da dona Valda Viana.
Aos 69 anos, ela e o marido, Francisco Viana Neto, também de 69 anos, são prova de que trabalho feito com carinho cativa a clientela. Casados há 43 anos, o casal divide a rotina de produção e venda de bolos há mais de uma década nas feiras de Campo Grande.
“Hoje eu trouxe 14 tipos de bolo, fora os bolos gelados, os de pote, brigadeiros, beijinhos e bombons”, conta Valda, apressada entre um atendimento e outro. O movimento é tão intenso que faltou tempo até para conversar com a equipe do Lado B.

“A gente leva o dia inteiro fazendo tudo. Mas agora tenho uma ajudante, minha nora, e uso batedeiras planetárias que facilitam tudo”, explica. Os preços variam de R$ 12 a R$ 30, e no veredito dos clientes, vale cada centavo.
O que começou como uma ideia simples, vendendo cupcakes e brigadeiros na rua, virou negócio de família. O principal incentivo veio de um amigo. “Ele disse pra eu ir na feira do Tiradentes, que iria vender tudo. E não deu outra, vendi tudinho”, relembra Valda.
Apesar de já ter feito cursos, ela credita o sucesso à vocação e ao talento natural para fazer as massas, doces e combinações que atendem todos os gostos.

Na outra ponta da barraca, seu Francisco atende os fregueses com simpatia e agilidade. Depois de 50 anos trabalhando como mecânico na Volkswagen, ele se recusou a ficar parado.
“Não quis parar de trabalhar não, nem pretendo”, afirma. Hoje, ele organiza os atendimentos faz questão de dizer que lava as louças usadas pela mulher e a nora na produção dos doces. “É importante deixar tudo limpinho”, comenta.
Para facilitar a produção, o casal construiu uma área no fundo da casa onde mora, no Bairro Perpétuo Socorro, dedicada exclusivamente à cozinha.
“Antes a gente fazia cinco feiras por semana, mas era muito puxado. Agora ficamos só aqui na Feira do Rita Vieira. Chega aqui e depois de algumas horinhas já vendeu tudo, graças a Deus”, diz Francisco.
Mas não é só pelo sabor que os bolos fazem sucesso. O casal carrega o tipo de afeto que lembra casa de vó e destrava memórias afetivas. "É muito bom saber que o pessoal gosta e a gente vai continuar aqui trabalhando até quando Deus deixar", finaliza Valda.
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