ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 25º

Sabor

No estilo 'Breaking Bad', químico usa habilidade para produção de cachaça

Jessé começou a produção de cachaça atesanal esse ano no alambique no bairro Pioneiros, em Campo Grande

Lucas Mamédio | 16/03/2020 06:49
Jessé usa lascas de madeira para dar o sabor desejado às cachaças (Foto: Arquivo Pessoal)
Jessé usa lascas de madeira para dar o sabor desejado às cachaças (Foto: Arquivo Pessoal)

Na aclamada série americana Breaking Bad, o protagonista, Walter White, usa suas habilidades como professor de química para, diante de uma crise financeira, produzir um tipo novo e mais potente de metanfetamina cristal.

Aos poucos, Walter vai se aprofundando no mundo do crime até tomar gosto pela coisa. Para ajudá-lo na produção, o professor recruta um ex-aluno problemático, Jesse Pinkman, criando assim, uma das duplas mais icônicas de séries de todos os tempos.

Reunindo características dos dois personagens, o Lado B encontrou aqui em Campo Grande, o professor de química chamado Jessé (salvo por um acento agudo) que não produz nada ilícito, é claro, mas usa suas habilidades para produção de cachaça artesanal.

Jessé também produz licores (Foto: Aqruivo Pessoal)
Jessé também produz licores (Foto: Aqruivo Pessoal)

Jessé Marques da Silva, formado em química pela UFMS, é o responsável pela produção da cachaça artesanal Dom Marques. A produção começou esse ano em Campo Grande e briga por espaço nessa fatia de mercado cada vez mais disputada.

“Tudo começou ano passado com meu pai que mora no Paraná. Ele sempre teve vontade de produzir até que decidiu botar em prática”, conta Jessé.

O nome, Dom Marques, é uma homenagem ao avô de Jessé, figura mística na família do professor. “Ele era a agricultor e faleceu muito jovem, com 45 anos, de ataque cardíaco. Meu pai mesmo tinha seis anos e eu, obviamente, não o conheci”.

José Flávio Marques da Silva, o pai de Jessé, explica que a homenagem é “uma forma de preencher essa lacuna deixada pela sua morte prematura”.

Diferente de outras bebidas, a cachaça permite como forma de dar sabor e aromatizá-la, a utilização de vários outros tipos de madeira, que não o carvalho. No caso da Dom Marques são quatro sabores: carvalho, amburana, jequitibá e canelinha.

Octávio e Anastácia, avôs de Jessé. Octávio morreu em 1970 aos 45 anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Octávio e Anastácia, avôs de Jessé. Octávio morreu em 1970 aos 45 anos (Foto: Arquivo Pessoal)

“É interessante reforçar que eu não trabalho com barris dessas madeiras, o que nós fazemos é colocar lascas dessas madeiras na cachaça pra curtir, o que extrai o aroma o sabor e a cor”.

Jessé também produz licores dos sabores figo, café, laranja e erva mate, além de alguns sabores de água-ardentes.  O telefone para entrar em contato com o Jessé é o 9-9262-6895.

Curta o Lado B no Facebook e no Instagram. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Nos siga no Google Notícias