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Meio Ambiente

Ação na Lagoa Itatiaia espera recolher ao menos 5 toneladas de lixo eletrônico

Na 3ª edição dos Jogos, competição divide espaço com descarte correto de aparelhos para deixar meio ambiente preservado

Izabela Sanchez e Clayton Neves | 17/08/2019 12:21
Ação para descarte de lixo eletrônico foi organizada pela Agetec (Foto: Clayton Neves)
Ação para descarte de lixo eletrônico foi organizada pela Agetec (Foto: Clayton Neves)

Enquanto atletas competem em 21 categorias de Stand Up Paddle na Lagoa Itatiaia, em Campo Grande, neste sábado (17), moradores do bairro Tiradentes aproveitam a 3ª Edição dos Jogos Radicais Urbanos para dar destino correto ao eletroeletrônicos que já não são utilizados. Ação em prol do meio ambiente da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação) espera recolher, pelo menos, 5 toneladas de lixo eletrônico.

Regina de Souza é sócia e administradora da Crecio, empresa de reciclagem parceira da ação, responsável por parte da destinação dos materiais. De Mato Grosso do Sul, explica, parte desses eletrônicos chega a ser levado até para São Paulo.

Na empresa dela, é feita triagem para separar os materiais de acordo com os resíduos. “Os maiores equipamentos são desmontados e é feita uma nova seleção dos produtos. São divididos em grupos: resíduos com placas pequenas, que vão para uma empresa em São Paulo, já que aqui não tem uma indústria que dá o destino final, e os resíduos pesados, a exemplo de cobre, ferro, alumínio e metal, que são destinados para a empresa de Campo Grande que fazem o descarte”, explicou.

Moradores do Tiradentes levam televisor para ser descartado (Foto: Clayton Neves)
Moradores do Tiradentes levam televisor para ser descartado (Foto: Clayton Neves)

Todas as empresas, destacou Regina, são credenciadas e licenciadas. “É preciso se ater a isso, porque uma televisão de tubo, quando jogada, libera um pó químico e o local acaba contaminado”, comentou, explicando que a longo prazo a contaminação pode até causar câncer.

“É altamente prejudicial à saúde”, disse. “Muitas vezes as pessoas não tem noção do tipo de material que tem em cada produto. São produtos químicos e tóxicos, por isso a importância de não deixar em qualquer lugar”, diz.

Não pode levar – Alguns produtos, ainda assim, ficam de fora, a exemplo de pilhas e lâmpadas. O motivo, contou, é que não há empresas para fazer o descarte desses materiais. Presidente da Agetec, Paulo Cardozo afirma que é papel do município oferecer um local correto para que as pessoas possam levar os eletrônicos.

“A ideia desses eventos é que o município proporcione a opção de descarte para as pessoas”, disse, ao destacar que o acúmulo desse tipo de lixo é um problema em Campo Grande. “Há 3 meses foi realizada uma ação de dois dias de coleta e foram arrecadadas 15 toneladas”, comentou.

Até ventilador foi levado por moradores do bairro (Clayton Neves)
Até ventilador foi levado por moradores do bairro (Clayton Neves)
Televisores para serem descartados (Foto: Clayton Neves)
Televisores para serem descartados (Foto: Clayton Neves)

As televisões de tubo, fora de fabricação, são levadas pelos moradores e colocadas em um caminhão da empresa. Campo Grande já tem 4 eco pontos onde a população pode levar esses produtos, com limite de até um metro cúbico. O presidente da Agetec lembrou que ações como a deste sábado auxiliam a população. A Prefeitura já planeja outras duas agendas para setembro e outubro, em datas que ainda serão definidas.

O aposentado Tarcísio Moreira, 60, levou um aparelho celular antigo e um conversor de antena parabólica. O conversor, que já tem 20 anos, ficou a espera de descarte já que ele não sabia para onde levar o aparelho. “O ambiente já está tão poluído, daqui uns dias vamos comer plástico no meio do peixe. Na minha casa também tem uma TV que depois vou trazer”, disse.

Morador leva televisão para o caminhão da empresa de reciclagem (Foto: Clayton Neves)
Morador leva televisão para o caminhão da empresa de reciclagem (Foto: Clayton Neves)

Nilson Batista, 41 anos, é funcionário público e aproveitou o sábado para levar diversos aparelhos, entre eles um rádio, um umidificador, um dvd e um triturador. Ele ficou sabendo da ação por uma mensagem de Whatsapp compartilhada por amigos.

“Não sabia onde deixar e não queria descartar no lixo comum. Ações como essa deveriam acontecer mais porque é uma questão ambiental. Eu tinha uma televisão e não tinha onde descartar, tive que levar a uma assistência técnica e implorar para que ficassem com ela”, emendou.

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