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Meio Ambiente

Associação das Empresas de Turismo de Corumbá dá apoio à cota zero

A entidade reafirmou sua posição, em reunião realizada ontem (13), em relação à cota zero

Viviane Oliveira | 14/11/2019 08:26
Pescadores praticando o pesque-solte (Foto: Saul Schramm)
Pescadores praticando o pesque-solte (Foto: Saul Schramm)

A Acert (Associação das Empresas de Turismo) de Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande, apoia a decisão do Governo do Estado em proibir a captura e transporte de pescado das bacias dos rios Paraguai e Paraná a partir de 2020.  A entidade reafirmou sua posição, em reunião realizada ontem (13), em relação à cota zero. Corumbá tem a maior estrutura fluvial (27 barcos-hotéis) para a pesca esportiva e recebeu este ano mais de 25 mil pescadores.

“O pesque-solte é uma reivindicação que fazemos há pelo menos dez anos”, afirmou o empresário Luiz Antônio Martins, presidente da Acert. “A natureza não consegue acompanhar o extrativismo e temos percebido a redução do estoque pesqueiro a cada ano. A cota zero é uma medida preservacionista e vai beneficiar o nosso negócio, pois quanto mais preservamos, mais mercado teremos para a pesca esportiva no Pantanal”, disse.

O empresário lembrou que foi o trade turístico de Corumbá o primeiro segmento a abraçar a iniciativa do município em decretar a moratória para o dourado, em vigor desde 2007, e defende um tratamento diferenciado para o Pantanal em se tratando de legislação de pesca. “É uma região única e preservada, distante 200 km da civilização e de difícil acesso, que tem potencial para um turismo de pesca e contemplação sem concorrentes”.

Joice Santana, no porto-geral de Corumbá (Foto: Edemir Rodrigues)
Joice Santana, no porto-geral de Corumbá (Foto: Edemir Rodrigues)
Luiz Martins, da Acert (Foto: Edemir Rodrigues)
Luiz Martins, da Acert (Foto: Edemir Rodrigues)

Conforme Luiz Antônio, a nova legislação pesqueira pode reduzir em 20% o fluxo de pescadores na região em 2020, porém a perspectiva de crescimento para os anos seguintes deixa o setor extremamente otimista. “Estamos apostando no futuro. Haverá mais peixe, vamos reconquistar os pescadores que trocaram o Pantanal pela Argentina e outros estados. Além disso, o perfil do nosso pescador mudou, ninguém quer levar mais peixe”, observou.

Para a empresária Joice Saldanha, 47 anos, as perspectivas para o próximo ano são as melhores possíveis. “O simples anúncio da cota zero já criou um novo cenário, onde pescadores que procuraram outros destinos estão voltando ao Pantanal com essa postura preservacionista do nosso governador”. Joice trabalha há 20 anos com turismo de pesca em Corumbá. Ela afirmou que seus clientes já praticam o pesque-solte há pelo menos dois anos. 

Compartilha da mesma opinião o empresário Émerson Ferraz, 55 anos, praticante de pesca esportiva há três décadas. "O Pantanal, com a cota zero, se tornará o maior destino de pesca esportiva do Brasil", disse. 

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