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Meio Ambiente

Ataque de jacaré não é comum, mas orientação é manter distância

Apesar de ataque no Lago do Amor, “este animal silvestre não encara ser humano como presa”, diz PMA

Ana Lívia Tavares | 25/10/2021 11:36


Depois que um homem ficou ferido ao ser atacado por um jacaré no Lago do Amor, em Campo Grande, neste fim de semana, outras histórias sobre a “fera do lago” passaram a circular na internet. Mas, na verdade, de acordo com a PMA (Polícia Militar Ambiental), se trata de uma situação incomum.

Conforme o tenente-coronel Edmilson Queiroz, Chefe de Comunicação da PMA, é muito raro informação de ataque de animal silvestre em Mato Grosso do Sul, apesar de ser um estado com grande fauna. “Em nossa fauna, não há animal que encare o ser humano como presa. Ele só ataca em algumas situações específicas, como fome extrema (o que não pareceu ser o caso), para defender filhotes ou o território e quando se sente acuado”, explica Queiroz.

Pelos relatos de pessoas que costumam frequentar o lago e o vídeo do homem sendo atacado, fica claro que o bicho é territorialista, ou seja, não gosta de ninguém na área dele. Por isso, a orientação da PMA é manter distância. “Apesar do ataque não ser comum, as pessoas precisam compreender que se trata do habitat de um animal silvestre e não podemos facilitar com a aproximação”, disse.

Nas imagens registradas por uma pessoa que estava no local no momento em que ocorreu o incidente, nesta tarde de sábado (23), o homem nada até o meio do lago, quando o jacaré se aproxima e o ataca com uma mordida no ombro. Mesmo ferido, ele consegue chegar a margem.

“Nas imagens, parece que o jacaré pode estar defendendo alguma coisa, alimento ou filhote”, afirma Queiroz.

Outro vídeo que circula nas redes sociais, mostra o jacaré abocanhando um barquinho de brinquedo. O caso aconteceu em dezembro do ano passado. O pai de uma menina de 9 anos resolveu testar o brinquedo que deu para a filha e, após alguns minutos, o jacaré atacou o barco e acabou com a brincadeira.

O Lago do Amor faz parte de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. No local, há placas que sinalizam a proibição de banho na área.

O Campo Grande News procurou a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), mas não houve resposta até a publicação da reportagem.

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