CRAS atendeu mais de 800 animais silvestres vítimas de impactos humanos em 2025
Atualmente, cerca de 320 animais seguem em recuperação no centro, em diferentes fases do tratamento
Papagaios, tamanduás, cobras, filhotes órfãos e até pequenos sapos. De janeiro a junho deste ano, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) atendeu 808 animais vítimas de atropelamentos, queimadas, desmatamento, tráfico e outros impactos provocados pelo homem.
RESUMO
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O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) atendeu 808 animais nos primeiros seis meses de 2025. As principais causas são atropelamentos, queimadas, desmatamento e tráfico, impactos diretamente relacionados à ação humana. Aves, como papagaios e araras, lideram os atendimentos, seguidas por mamíferos, répteis e até anfíbios. Atualmente, 320 animais permanecem em recuperação no centro. A diversidade de espécies atendidas demonstra a complexidade do trabalho da equipe do CRAS, que busca a plena recuperação e reintegração dos animais à natureza. Um dado preocupante é o aumento do número de filhotes órfãos, vítimas da destruição do habitat natural. O CRAS, fundado em 1987, conta com o moderno Hospital Veterinário Ayty, reforçando seu papel como referência nacional em resgate e reabilitação da fauna silvestre. A instituição atua na linha de frente da preservação ambiental, com cada animal salvo representando um passo na conservação dos ecossistemas.
Mais do que números, cada atendimento representa uma história de sobrevivência e um esforço coletivo para devolver esses bichos à natureza. Atualmente, cerca de 320 animais seguem em recuperação no centro, em diferentes fases do tratamento.
As aves continuam liderando os resgates, com destaque para os psitacídeos, grupo que inclui papagaios, araras, periquitos e maritacas. Mas não param por aí. O CRAS também acolheu mamíferos como lobinhos, macacos, tamanduás e até onças-pintadas.
Juntos, esses animais representam quase 15% dos atendimentos. Répteis como cobras, jacarés e jabutis vieram em seguida, somando pouco mais de 200 casos. Até mesmo anfíbios e invertebrados passaram pela triagem e receberam os cuidados necessários.
Para Aline Duarte, gestora do CRAS, a variedade de espécies mostra como o trabalho da equipe é desafiador. “Cada animal chega com uma história diferente e exige um cuidado específico. O nosso objetivo é sempre a recuperação plena para que ele possa voltar ao seu habitat.”
Grande parte dos resgates é feita pela Polícia Militar Ambiental, mas muitos também chegam por conta de atropelamentos em estradas, incêndios florestais e até por desmatamento que destrói o ambiente onde viviam.
Um dado que preocupa é o aumento de filhotes órfãos, separados das mães devido à destruição do habitat. Eles exigem atenção especial e um processo de reabilitação ainda mais delicado e longo.

Desde sua criação em 1987, o CRAS se tornou referência nacional no resgate, tratamento e reintegração de animais silvestres. São quase quatro décadas de atuação com uma missão clara: salvar vidas e cuidar da biodiversidade.
O espaço passou a contar, inclusive, com o Hospital Veterinário de Animais Silvestres Ayty, uma estrutura moderna que oferece desde os primeiros socorros até cirurgias especializadas. Ayty, nome de origem Tupi-Guarani, significa “acolhimento”, uma palavra que resume bem o espírito do local.
Para André Borges, diretor-presidente do Imasul, o CRAS vai além do cuidado direto com os animais. “Ele representa uma ação concreta de proteção ambiental. Cada animal salvo é um passo a mais na preservação dos nossos ecossistemas”, destaca.
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