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Meio Ambiente

Em três meses, obras do Aquário do Pantanal avançaram apenas 3%

Luciana Brazil | 24/07/2012 08:25
Obra deve apresentar mais progresso dentro de um mês.(Fotos:Rodrigo Pazinato)
Obra deve apresentar mais progresso dentro de um mês.(Fotos:Rodrigo Pazinato)
Será o maior aquário de água doce do mundo. (Foto:Rodrigo Pazinato)
Será o maior aquário de água doce do mundo. (Foto:Rodrigo Pazinato)

Após o TCE (Tribunal de Contas do Estado) divulgar, em abril deste ano, um relatório apontando que 37% do cronograma das obras do Aquário do Pantanal já estavam concluídos, o cenário não apresentou grandes avanços nos três meses seguintes. Desde então, as obras só avançaram em 3%.

Hoje, as obras chegaram ao percentual de 40% e a expectativa é que a estrutura do Aquário esteja mais adiantada dentro de um mês, segundo afirmou o engenheiro fiscal Domingo Sávio, da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), uma das responsáveis pela obra.

Segundo ele, a fundação é o trabalho mais difícil e demorado para ser concluído e essa era a etapa que estava sendo realizada. “Daqui a um mês nós já teremos grande parte da cobertura pronta”, afirmou.

O engenheiro afirma que algumas indefinições no projeto foram motivo da lentidão, situação habitual em obras de grande proporção, conforme afirma.

De acordo com ele, o cronograma continua dentro do prazo estipulado e a data de inauguração do projeto permanece sendo outubro de 2013.

“Algumas estruturas estavam pendentes, mas já foram regularizadas. A obra não está atrasada e continua dentro do prazo”, frisou Sávio.

De capacete e botina: A equipe do Campo Grande News acompanhou os trabalhos dos 150 homens que se misturam no canteiro de obras.

A estrutura total, de 18,6 mil metros quadrados, vai abrigar ao todo 24 tanques, uma biblioteca- que será feita em forma de taça-, um auditório para 250 pessoas, um museu da biodiversidade, um restaurante, seis laboratórios e uma loja de souvenir. A aposta é que o Aquário se torne não só um espaço de entretenimento, mas um local para pesquisas.

“Já percebemos que a obra está sendo monitorada fora do país, o que demonstra que o Aquário é um marco para cidade. Acredito que o projeto será um local de pesquisa, se tornando um lugar de turismo científico, além de ser uma obra de grande alcance social”, disse Sávio.

Serão sete mil animais, subdivididos em mais de 200 espécies (peixes, invertebrados, répteis e mamíferos). A intenção é tornar o aquário o maior referencial do País em consulta científica da fauna e flora da região pantaneira.

 Em três meses, obras do Aquário do Pantanal avançaram apenas 3%

Um dos principais desafios do projeto, segundo o engenheiro, será o sistema de gestão, já que a operação e manutenção do local terão altos custos. “A princípio o Estado está à frente. Uma obra dessa precisa de compromisso público”.

Os números da estrutura impressionam. São 13 mil metros cúbicos de concreto, 1,5 milhão de quilos de aço e um reservatório com capacidade para 1,3 milhão de litros de água. Na entrada do Aquário a área será aberta ao público, onde estarão a biblioteca e o auditório. “Ainda não está definido, mas a princípio, o acesso a essa área será livre”.

A estrutura ainda terá quatro elevadores, sendo um deles para carga, além de duas escadas rolantes.

O tanque batizado como “Rio Paraguai” será o maior de todos, onde o visitante poderá transitar dentro do tanque, em um túnel.

Visitante poderá transitar por túnel dentro do tanque. (Foto: Reprodução)
Visitante poderá transitar por túnel dentro do tanque. (Foto: Reprodução)

A opção será de dois percursos, um deles passa pelo museu e conduz o visitante aos 18 aquários internos. O segundo trajeto leva o visitante até os seis tanques externos e ao restaurante.

O acrílico usado nos tanques é oriundo de uma empresa norte-americana, a estrutura metálica é de um empreendimento da Espanha e o restante dos materiais são do mercado nacional.

Meio Ambiente: A questão ambiental não foi esquecida e segundo o engenheiro Domingos, os possíveis riscos da obra foram todos solucionados.

“A subida do lençol freático nesse lugar não existe mais. Fizemos todo trabalho de drenagem na área que será descoberta. Pode chover e não haverá acumulo de água”.

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