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Meio Ambiente

Fazendeiro desvia córrego, causa erosão e é multado em R$ 136 mil

Renata Volpe Haddad | 05/11/2016 11:08
Uma valeta de 1 km dentro da reserva foi feita pelo dono da propriedade. (Foto: PMA/ Divulgação)
Uma valeta de 1 km dentro da reserva foi feita pelo dono da propriedade. (Foto: PMA/ Divulgação)

Um homem de 76 anos, dono de duas propriedades rurais de Eldorado, distante 447 km de Campo Grande, foi multado em R$ 136,1 mil por causar diversas degradações ambientais, como desviar córrego, causar erosões, destruir áreas protegidas de matas ciliares e reserva legal e armazenar madeira ilegalmente.

Policiais Militares Ambientais vistoriaram na tarde de ontem (4) uma das propriedades do idoso. Lá, foi verificado uma valeta de 1 km linear, desviando um córrego. A valeta passava por dentro da área protegida de reserva legal da propriedade, sendo derrubada a vegetação, dentre ela, diversas árvores de grande porte.

Além disso, com as chuvas, houve erosão do valetamento, ocasionando assoreamento do córrego. Ao todo foram degradados 10 hectares de APP (Área Protegida de Preservação Permanente) de matas ciliares do córrego e mais 10 hectares de reserva legal.

Gado circulava livremente por área de nascente de rio. (Foto: PMA/ Divulgação)
Gado circulava livremente por área de nascente de rio. (Foto: PMA/ Divulgação)

Na outra propriedade, localizada a 30 km da primeira, a PMA verificou que o fazendeiro não cercava uma área de 2 hectares de nascentes e com isso, o gado pisoteava o local, degradando a área protegida por lei, como de APP. Também foram encontradas na sede da propriedade, 400 estacas de madeira da espécie Guarita, sem autorização ambiental. Todas as atividades foram paralisadas e a madeira apreendida.

O fazendeiro, residente em Eldorado foi autuado administrativamente e multado em R$ 134.000,00 pelo desvio do córrego e degradação das áreas protegidas e em mais R$ 2.100,00, pelo armazenamento da madeira ilegal.

O autuado também responderá por crime ambiental de degradação de área de preservação permanente. A pena para este crime é de um a três anos de detenção. Também responderá pelo armazenamento ilegal da madeira, que tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção. Ele foi notificado a apresentar junto ao órgão Ambiental Estadual um Prade (Plano de Recuperação da Área Degradada).

A valeta feita na reserva protegida por lei, desviava um córrego. (Foto: PMA/ Divulgação)
A valeta feita na reserva protegida por lei, desviava um córrego. (Foto: PMA/ Divulgação)
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