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Meio Ambiente

Helicóptero leva brigadistas e lança água em combate ao fogo na Serra do Amolar

Incêndio iniciou no último sábado (28), após a queda de um raio; 19 combatentes estão envolvidos na operação

Por Mylena Fraiha | 03/10/2025 16:39

Com apoio de um helicóptero e dois aviões do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), brigadistas seguem nesta sexta-feira (3) no combate ao incêndio que atinge a Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense. A região é considerada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco e está entre as áreas de maior prioridade de proteção e conservação do bioma.

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Um incêndio que atinge a Serra do Amolar, no Pantanal sul-mato-grossense, está sendo combatido com apoio de um helicóptero e dois aviões do Ibama. A região, considerada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, foi atingida após a queda de um raio no último sábado. A operação conta com 19 brigadistas, incluindo indígenas guató, que auxiliam no acesso à região. O helicóptero transporta equipes e lança água, enquanto os aviões despejam cerca de 400 litros por lançamento. Aproximadamente 2 mil hectares foram queimados, principalmente vegetação rasteira. O Ministério das Relações Exteriores negocia apoio de brigadistas bolivianos.

O incêndio começou no último sábado (28), após a queda de um raio, e desde então se espalhou em diferentes pontos da serra. Imagens feitas nesta sexta-feira (3) mostram a serra tomada por fumaça branca. Os focos mais ativos estão concentrados no Vale da Penha. “Não temos data para controle e extinção do incêndio”, acrescenta Yule.

A operação reúne 19 homens da BAP (Brigada Alto Pantanal), vinculada ao IHP (Instituto Homem Pantaneiro), do PrevFogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama e ainda conta com a participação de indígenas guató, que conhecem os acessos da região.

Segundo o coordenador do PrevFogo, Márcio Yule, o helicóptero, que antes estava em operação no Xingu (MT), tem sido peça central no trabalho. Ele transporta brigadistas para pontos próximos à linha do incêndio, em áreas onde seria inviável o acesso a pé, e também realiza lançamentos de água com o helibalde.

“Subir a pé, equipado com ferramentas de combate, é quase impossível. O helicóptero desembarca o pessoal em locais estratégicos, muitas vezes no alto da serra, e também faz o combate aéreo. Já os aviões despejam cerca de 400 litros de água por lançamento”, explica Yule.

As condições do terreno aumentam a dificuldade. “É uma região muito íngreme, com muita pedra. O grande desafio é evitar que o fogo se propague para outras áreas. Estamos reforçando o posicionamento das equipes justamente para conter o avanço das chamas”, afirma o coronel Ângelo Rabelo, diretor-presidente do IHP.

De acordo com Rabelo, a estimativa é de que quase 2 mil hectares tenham sido queimados. “Diferente de 2020, quando grandes áreas de mata foram destruídas, agora o fogo atinge mais a vegetação rasteira, o que facilita o combate. Ainda assim, o acesso continua sendo o maior problema”, pontua.

Apoio boliviano – Para reforçar a operação, o MRE (Ministério das Relações Exteriores) negocia o envio de brigadistas bolivianos, previsto para a próxima quarta-feira (8). O processo, porém, depende de autorização formal da Embaixada do Brasil na Bolívia.

“A autorização não é do Ibama, mas do MRE (Ministério das Relações Exteriores), por meio da Agência Brasileira de Cooperação Técnica. É necessário enviar a documentação dos veículos, além do nome e CPF de cada brigadista. Só depois dessa liberação é que o deslocamento é autorizado”, detalha Yule.

Como os brigadistas precisarão permanecer na região até o fim da operação, duas viaturas extras estão sendo trazidas de fora para que Corumbá não fique sem atendimento. “Não é possível ir e voltar no mesmo dia. As viaturas vão ficar lá até a conclusão do combate”, reforça Yule.

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