Pantanal registra queda de 97,9% nas queimadas, mas alerta para fogo segue alto
Mesmo com redução, previsão para julho a setembro indica risco de novos incêndios no estado

O Pantanal registrou uma queda expressiva de 97,9% na área queimada em 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da redução histórica, a previsão do tempo para os próximos dias volta a acender o sinal de alerta no Estado.
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Entre 1º de janeiro e 15 de julho, foram atingidos pouco mais de 14 mil hectares do bioma, contra mais de 669 mil devastados em 2024, conforme dados do LASA e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Neste ano, a forma de monitoramento passou por mudanças. Com a atualização do site da LASA, os dados sobre áreas queimadas no Pantanal passaram a ser divulgados apenas de forma consolidada, abrangendo todo o bioma, sem possibilidade de separação por estados, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em relação aos focos de calor, também houve forte retração: de 3.099 registros em 2024 para apenas 69 em 2025, redução de 97,8%. A tendência de queda também foi observada no bioma Cerrado, com diminuição de 50,6% na área queimada no Estado.
Segundo balanço divulgado no informativo, desde o início do ano o Corpo de Bombeiros Militar já empregou 534 militares em ações de prevenção, preparação e combate direto aos focos de incêndio.
Áreas protegidas, como unidades de conservação e terras indígenas, também apresentaram recuo significativo nos danos ambientais. Na Rede Amolar, no Pantanal, a área queimada caiu de 98 mil hectares no ano passado para apenas 322 hectares em 2025, retração de 99,7%. Já as terras indígenas, que haviam sido atingidas em mais de 67 mil hectares em 2024, não registraram focos neste ano.
Para o trimestre de julho, agosto e setembro, a previsão indica que grande parte do Estado está sob níveis de risco entre “Atenção” e “Alerta”. Vinte e dois municípios aparecem com classificação de “Alerta Alto”. Apenas Mundo Novo aparece com o nível de alerta de observação.
A situação climática nos próximos dias também preocupa. Até 24 de julho, não há previsão de chuvas em Mato Grosso do Sul. Com máximas acima de 30 °C, umidade relativa do ar abaixo dos 30% e ventos predominantes entre os quadrantes sul e leste, o cenário se torna favorável à propagação de novos focos de incêndio.
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