Parceria reforça combate ao fogo em 285 mil hectares do Pantanal
Brigada atua em áreas de MS e MT com ações de prevenção, recuperação e apoio a comunidades
A luta contra os incêndios florestais no Pantanal ganhou reforço com a parceria firmada entre o IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e o Onçafari. Juntas, as instituições vão manter a Brigada Alto Pantanal em áreas de Aquidauana e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, e também em Barão de Melgaço (MT). A frente de trabalho cobre mais de 285 mil hectares de áreas de alta biodiversidade, onde vivem espécies como a onça-pintada, o tamanduá e a anta.
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O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Onçafari firmaram parceria para fortalecer o combate a incêndios florestais no Pantanal. A iniciativa mantém a Brigada Alto Pantanal em áreas de Aquidauana e Corumbá (MS) e Barão de Melgaço (MT), protegendo mais de 285 mil hectares de alta biodiversidade. A brigada, criada em 2021, atua na prevenção e combate ao fogo, educação ambiental e recuperação de áreas queimadas. O trabalho é especialmente importante após o Pantanal enfrentar, entre 2020 e 2024, a pior estiagem em mais de um século, quando as queimadas consumiram 26% do bioma e causaram a morte de aproximadamente 17 milhões de animais vertebrados.
Criada em 2021, a brigada já atua na prevenção e combate ao fogo, além de realizar educação ambiental, recuperação de áreas queimadas e apoio a comunidades locais. Com o apoio do Onçafari, o IHP amplia sua capacidade técnica e logística para enfrentar o período mais crítico de queimadas, que vai de agosto a outubro.
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“Conservação não se faz sozinha. A parceria com o IHP é um exemplo de como a união entre instituições pode fortalecer a prevenção de incêndios e a proteção da biodiversidade”, afirma Mario Haberfeld, fundador do Onçafari.
Para o diretor-presidente do IHP, Angelo Rabelo, o desafio exige ação coletiva. “A prevenção no Pantanal precisa de esforços conjuntos. O compromisso do IHP é preservar a região e, junto ao Onçafari, somamos forças para proteger esse patrimônio natural”, diz.
Mesmo antes do auge da seca, a brigada já atua com plantio de mudas, construção de aceiros e mapeamento de áreas de risco. O trabalho segue até o fim do ano, alinhado às diretrizes da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, validada em 2024.
Entre 2020 e 2024, o Pantanal enfrentou a pior estiagem em mais de um século, com o nível do Rio Paraguai chegando a -0,69 cm em Ladário no ano passado. A seca extrema ampliou os incêndios: em 2020, o fogo consumiu 26% do bioma e matou cerca de 17 milhões de animais vertebrados; em 2024, as queimadas atingiram 17% da área total.
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