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Meio Ambiente

Brasil oficializa cooperação internacional para executar projeto ambiental no MS

Objetivo é a recuperação de 40 mil hectares de áreas agrícolas degradadas

Por Ângela Kempfer | 21/08/2025 11:02
Brasil oficializa cooperação internacional para executar projeto ambiental no MS
Um dos investimentos será na Bacia do Alto Taquari (Foto: Assessoria Governo de MS)

O governo federal assinou um Projeto de Cooperação Técnica Internacional para a execução do Projeto Vertentes (Sustainable Multiple Use Landscape Consortia in Brazil - GEF Vertentes), que será implementado em Goiás, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. O acordo tem duração inicial de 48 meses e conta com financiamento de US$ 23 milhões do Fundo para o Meio Ambiente Global, via Banco Mundial, o que representa cerca de R$ 127 milhões.

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O governo federal firmou acordo de Cooperação Técnica Internacional para implementar o Projeto Vertentes em seis estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul. A iniciativa conta com investimento de US$ 23 milhões do Fundo para o Meio Ambiente Global, via Banco Mundial, com duração inicial de 48 meses. No Mato Grosso do Sul, o projeto atuará nas bacias do Alto Taquari e do Paraguai, regiões cruciais para o equilíbrio do Pantanal. O programa visa recuperar 40 mil hectares de áreas degradadas, restaurar 9,8 mil hectares de florestas e implementar práticas sustentáveis em 500 mil hectares, beneficiando diretamente 10,5 mil produtores rurais.

No Estado, o projeto terá forte atuação em áreas das bacias do Alto Taquari e do Paraguai, regiões consideradas estratégicas para o equilíbrio ambiental e hídrico do Pantanal. Segundo o documento, 10 municípios sul-mato-grossenses foram selecionados na sub-bacia do Alto Taquari, além de uma localidade vinculada à bacia do Paraguai (Quedas do Araguaia).

Essas áreas enfrentam desafios críticos como degradação de solos, erosão, assoreamento de rios e desarticulação entre políticas de uso da terra. O Vertentes pretende reverter esse quadro com incentivo à agricultura sustentável, recuperação de áreas degradadas, restauração florestal e fortalecimento de cadeias de valor como a soja e a pecuária de corte.

O projeto prevê a criação de consórcios locais para envolver governos municipais, produtores rurais e comunidades, apoiando diretamente 10,5 mil produtores (sendo 2,1 mil mulheres) em ações de capacitação, assistência técnica e investimentos sustentáveis. O foco inclui médios e grandes produtores de soja e gado, responsáveis pela maior parte do uso da terra no Cerrado e no entorno do Pantanal.

Resultados esperados - Entre os resultados previstos estão a recuperação de 40 mil hectares de áreas agrícolas degradadas, a restauração de 9,8 mil hectares de florestas e a adoção de práticas sustentáveis em até 500 mil hectares de paisagens produtivas.

O projeto também visa reduzir emissões de gases de efeito estufa, melhorar a qualidade da água e fortalecer a biodiversidade local, garantindo maior resiliência ambiental e social para comunidades que dependem diretamente dos recursos naturais.