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Meio Ambiente

População não respeita distância e prefeitura retira jacarés de lagoa

Renata Volpe Haddad | 27/06/2017 11:15
Lagoa Maior é cartão postal de Três Lagoas. Jacarés estão sendo retirados nesta terça-feira da lagoa. (Foto: Laila Rebeca/ JP News)
Lagoa Maior é cartão postal de Três Lagoas. Jacarés estão sendo retirados nesta terça-feira da lagoa. (Foto: Laila Rebeca/ JP News)

Parece que vale de tudo por uma selfie com um jacaré, até mesmo colocar a vida em risco chegando perto demais dos animais que moram na Lagoa Maior, cartão postal de Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande.

A imprudência dos moradores fez com que a Câmara de Vereadores da cidade pedisse providência para a prefeitura, antes que situação se tornasse uma tragédia. Nesta terça-feira (27), os jacarés de papo amarelo estão sendo retirados da lagoa e transferidos para uma reserva da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), em Brasilândia.

O secretário de Meio Ambiente e Agronegócio de Três Lagoas, Celso Yamaguti, explica que nem todos os jacarés serão transferidos. "Uma pesquisadora da Embrapa está avaliando os animais e os maiores irão para a reserva, mas são entre três e quatro dos 15 que vivem lá", comenta.

Os outros animais, que ficarão na lagoa, têm destino incerto. "Vamos tentar conscientizar as pessoas para que não sejam imprudentes e não cheguem perto dos jacarés, porque é muito perigoso. Mas, caso não dê certo, teremos que tirar todos os animais da Lagoa Maior", disse.

A medida foi tomada, depois de vários casos de imprudência da população. Os jacarés, segundo o secretário, começaram a aparecer na lagoa há mais de sete anos. "Temos casos de criança pegando no rabo de jacaré, encostando no animal para tirar selfie. Houve uma vez em que o jacaré pegou um cachorro morto para comer e até mesmo, quando engoliu uma bola. Para não acontecer uma tragédia, conseguimos no Imasul a licença para transferir os animais para uma reserva grande, onde ele não vai ficar estressado", informa.

A reserva da Cesp tem 6.200 hectares e com grande quantidade de alimento. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente) concedeu a autorização e a Embrapa Pantanal está responsável pela retirada e transferência dos animais. "Sabemos que há uma polêmica em volta disso, mas tínhamos que tomar essa providência pelo bem da população", finaliza.

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