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Meio Ambiente

Unidades de Conservação em MS já têm 6 brigadas formadas e terão mais 10 em 2021

A última capacitação do ano foi feita na comunidade ribeirinha de Porto Esperança, onde 48 famílias vivem

Lucia Morel | 23/12/2020 10:21
Brigadistas foram treinados e receberam, de graça, equipamentos de combate ao fogo. (Foto: Silas Ismael/WWF-Brasil)
Brigadistas foram treinados e receberam, de graça, equipamentos de combate ao fogo. (Foto: Silas Ismael/WWF-Brasil)

Oito moradores da comunidade ribeirinha de Porto Esperança, às margens do Rio Paraguai, no Pantanal, estão prontos para combater incêndios quando eles vierem. Depois de queimada recorde no bioma em 2020, parte das 48 famílias foram treinadas e integram agora brigada permanente.

O grupo faz parte de outros seis já formados para atuar em Unidades de Conservação de Mato Grosso do Sul, onde parceria entre as organizações não-governamentais WWF-Brasil e Ecoa (Ecologia em Ação) e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) devem formar mais 10 brigadas até junho de 2021.

Conforme Osvaldo Barassi Gajardo, analista de conservação do WWF-Brasil, a formação de brigadas – cada uma com sete integrantes, em média – não é a solução do problema, mas é a “primeira resposta para minimizar ou conter o fogo para que não vire um grande incêndio”, disse, acrescentando ser também esta, uma estratégia de adaptação às mudanças climáticas.

Além de treinamento, os moradores formados, recebem cada um, jogo de equipamentos de combate a incêndio, composto por Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), uniformes e abafadores.

Na capacitação em Porto Esperança, a iniciativa partiu do chefe da Brigada Pantanal do Ibama/Prevfogo, Ruberval Dimas do Patrocínio, que percebeu a difícil travessia e o isolamento da comunidade como entraves no combate ao fogo.

Ele contatou a Ong Ecoa e falou da necessidade da formação de brigada comunitária. Dessa discussão foi definida a realização do curso de brigadistas comunitários, fruto da parceria já existente com o WWF-Brasil.

Os oito recém-formados brigadistas aprenderam a manejar sopradores, queimadores para incêndio controlado (pinga-fogo) e abafadores. Eles serão multiplicadores das técnicas e poderão agir na proteção da região.

José Domingos Benites, um dos brigadistas treinados, disse que a experiência é muito importante. "Se acontecer um incêndio de novo - Deus ajude que não – a gente já vai saber o que fazer até a chegada da equipe e dar continuidade no combate".

Outro participante, Amarildo Pereira Mendes, citou as técnicas aprendidas em queimada na ilha com uso dos equipamentos. "Aprendemos o básico para apagar o fogo. Isso é muito importante".

O WWF-Brasil já formou em Mato Grosso do Sul brigadas comunitárias no Assentamento 72 (Ladário); no Parque Estadual Nascente do Rio Taquari; e Comunidade São Francisco/Paraguai Mirim e Barra do São Lourenço, ambas em Corumbá.

Os equipamentos usados pelas brigadas são doadas pela Ong, e faz parte do projeto Respostas Emergenciais em Campo. No entanto, “a ideia é focar em diferentes tipos de ação, que envolvem ainda, ajuda humanitária, fomento às pesquisas sobre impacto na flora e fauna dos incêndios e melhorias em técnicas de manejo do fogo".

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