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Política

"Falei sem pensar", diz deputado sobre gravação de 'dica de fraude' em ponto

Paulo Corrêa prestou depoimento na Corregedoria da Assembleia

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 30/11/2016 10:36
Deputado Maurício Picarelli (PSDB), presidente da Corregedoria da Assembleia Legislativa de MS. (Foto: Leonardo Rocha)
Deputado Maurício Picarelli (PSDB), presidente da Corregedoria da Assembleia Legislativa de MS. (Foto: Leonardo Rocha)

“Falei sem pensar”, afirmou o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), gravado em áudio em que sugere dicas de fraude na folha de frequência, ao depor na Corregedoria na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (30). As informações foram dadas pelo presidente do colegiado, o deputado Maurício Picarelli (PSDB). 

Paulo Corrêa ainda voltou a criticar o que chamou de “gravação ilegal” da conversa que manteve com o colega Felipe Orro (PSDB). No fim do depoimento, o parlamentar disse que não se pronunciaria.

Na conversa, espalhada no início de novembro, Paulo Corrêa sugere ao colega colocar um ponto, “mesmo que seja fictício”. Como havia dito antes: “falou sem pensar”. “Na verdade, ele disse que o que queria dizer era para que Orro cuidasse dos funcionários do interior, para que eles assinassem a folha de forma manual ou justificasse os pontos”, disse Picarelli.

Em 20 minutos de depoimento fechado, Corrêa reforçou o que já tinha dito em sua defesa prévia e na própria tribuna da casa de leis, disse o presidente da Corregedoria, o deputado Maurício Picarelli (PSDB). Segundo o parlamentar, Corrêa disse que em nenhum momento durante a conversa se referiu a existência de funcionários fantasmas em seu gabinete ou de Felipe Orro.

O caso é analisado na Corregedoria depois da polêmica que surgiu com a divulgação da gravação. A conversa dos parlamentares ocorreu em meados de 2015, em uma ocasião em Maracaju, quando o pastor Jairo Fernandes, presidente municipal do PTN, emprestou seu celular para Orro falar com Corrêa.

Amanhã (1º), Picarelli ouvirá Felipe Orro, para concluir o relatório “o mais rápido possível” e entregar, se for o caso, à presidência da Assembleia Legislativa. “Não estou aqui para proteger deputado e sim para proteger a instituição”.

Como resultado disso, o parecer pode ser pelo arquivamento da situação ou abertura de uma comissão disciplinar, para apurar se houve mesmo quebra de decoro parlamentar. No entanto, Picarelli pondera que a gravação, por ter sido feita de forma ilícita, pode esbarrar no campo jurídico. “Mas, vou analisar toda a questão legal e moral e me ater aos detalhes”, disse.

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