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Política

Acusado em delação, ex-tesoureiro do PT quer confrontar depoimento com Bumlai

Michel Faustino | 03/06/2016 13:42
Delúbio Soares quer acareação com o pecuarista
José Carlos Bumlai (Foto: Agência Brasil)
Delúbio Soares quer acareação com o pecuarista José Carlos Bumlai (Foto: Agência Brasil)

O ex-tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores), Delúbio Soares, pediu ao juiz Sérgio Moro para que seja feita uma acareação (confronto de depoimentos) entre ele o pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai. Delúbio nega que tenha participado de reunião para negociar empréstimo de R$12 milhões para Bumlai. O pecuarista disse que o montante tinha como destinatário final o próprio PT.

De acordo com informações do portal G1 do Paraná, a estratégia faz parte da defesa prévia de Delúbio Soares. O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores pede que Moro julgue improcedente a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra ele.

“O ora defendente não participou de qualquer reunião em que tenha solicitado empréstimo em benefício próprio ou de terceiros, ou mesmo a valizado, afiançado,concordado que algum empréstimo fosse realizado. Provar-se-á que o Defendente não solicitou qualquer vantagem junto à referida Instituição financeira, ou a qualquer dos integrantes das famílias Schahin ou Bumlai”, diz trecho da petição divulgada pelo portal.

Soares alegou que se reunia com vários representantes de empresas públicas e privadas, dentre elas o próprio Banco Schahin, para tratar de assuntos relacionados à política e a conjuntura econômica do país. “Mas nunca solicitou ao referido Banco Schahin que realizasse qualquer empréstimo a qualquer pessoa”, garante.

Acusação – O ex-tesoureiro é acusado de lavagem de dinheiro em processo que envolve mais oito pessoas. A acusação sustenta que ele intermediou o empréstimo que Bumlai diz ter recebido do Banco Schahin e repassado ao PT. Dos R$ 12 milhões, segundo o MPF, o empresário Ronan Maria Pinto recebeu R$ 6 milhões – ele também é réu no processo.

Segundo o MPF, o empréstimo foi pago por meio da contratação do Grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, Marcos Valério, operador do mensalão, afirmou que parte do empréstimo obtido por Bumlai era destinado Ronan Maria Pinto, que extorquia dirigentes do PT. O MPF afirma não ter provas, até o momento, que expliquem os motivos da extorsão.

O dinheiro, segundo a acusação, tinha como fim a compra de ações do jornal "Diário do Grande ABC". O MPF diz que o objetivo de comprar ações era, segundo Marcos Valério, porque o jornal estava ligando Ronan Maria Pinto a denúncias da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.

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