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Política

Advogado de Olarte diz que fala de Bernal sobre renúncia ofende Justiça

Ricardo Campos Jr. | 08/09/2016 15:05

O advogado do ex-vice prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PROS), demonstrou estranheza diante das alegações do atual gestor da Capital, Alcides Bernal (PP), que entende a atitude como estratégia para obter liberdade em troca de concessões.

“Isso significaria colocar em dúvida a integridade do Poder Judiciário, mas isso não espanta, porque no ano de 2014, ele fez afirmações superficiais e temerárias desse tipo, que inclusive geraram ação da Associação de Magistrados contra ele", disse Jail Azambuja, responsável pela defesa do pastor.

Segundo ele, quem atribui a renúncia a uma manobra para obter soltura ofende a Justiça. Trata-se de uma estratégia legítima de defesa que nunca poderia ser encarada dessa forma, uma vez que poderia imputar ao poder um possível conluio com o vice, “algo absolutamente despropositado e fantasioso”, afirma.

Bernal afirmou, por meio da assessoria de imprensa que espera uma delação premiada por parte do ex-aliado, de modo que ele revele como foi o esquema para “quebrar” Campo Grande.

A carta em que Olarte comunica a decisão foi protocolada na manhã desta quinta-feira (8) da Câmara Municipal e lida pelo vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, durante uma sessão que tratou exclusivamente disso, tendo sido encerrada após o cumprimento do protocolo.

Como ele já estava fora do cargo há um ano, a renúncia não reflete, neste momento, na administração municipal. Conforme Gustavo Lazzari, da procuradoria jurídica da Câmara, o posto de vice-prefeito fica vago e o documento deve ser publicado amanhã no Diário Oficial do município. Com o encerramento da sessão, os vereadores rumaram para a sala de reuniões da Câmara.

Em tese, com a renúncia, os processos contra Olarte voltam para o primeiro grau na Justiça estadual, o que permite mais uma instância para recursos, no caso o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Desde março de 2014, quando assumiu a prefeitura, Olarte foi alvo das operações Adna, Coffee Break e Pecúnia. Todas realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). As investigações são de corrupção e lavagem de dinheiro.

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