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Política

Aluno e professor indicam defeito e TRE melhora acessibilidade em urnas

Eles participaram de testes de segurança das urnas no TSE, em Brasília

Liana Feitosa | 12/09/2022 16:13
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Ian Zimmermann e professor, Carlos Alberto, no TSE, em Brasília. (Foto: Divulgação)
Ian Zimmermann e professor, Carlos Alberto, no TSE, em Brasília. (Foto: Divulgação)

Aluno e professor da Facom (Faculdade de Computação), da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), participaram do Teste Público de Segurança das urnas eletrônicas, organizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília. Durante a ação, eles notaram um problema de acessibilidade nos equipamentos usados por deficientes visuais e propuseram uma solução para a situação, que foi acatada pela Justiça Eleitoral.

O até então estudante Ian Martinez Zimmermann participou do teste junto com seu professor, Carlos Alberto da Silva, que foi procurado pelo aluno para receber orientação para a execução de seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). “A gente começou a discutir sobre o que ele poderia fazer, e então ele fez a proposta de testar uma urna eletrônica, e mencionou do TPS 2021/2022. Ele se inscreveu para a primeira fase, em 2021, e então fomos a Brasília e olhamos todo o código de uma urna eletrônica”, conta o professor.

“A gente se inscreveu para uma segunda fase, que é a fase de testes. Em novembro do ano passado fomos a Brasília mais uma vez e aplicamos esse plano de teste, e descobrimos uma vulnerabilidade na saída de áudio da urna eletrônica usada por deficientes visuais, e a correção dessa vulnerabilidade foi aceita pelo TSE”, completa Alberto.

Ian Zimmermann, graduando de Computação no final do ano passado, durante teste de urna. (Foto: Divulgação)
Ian Zimmermann, graduando de Computação no final do ano passado, durante teste de urna. (Foto: Divulgação)

Dos 23 grupos que se inscreveram para conhecer o código de uma urna eletrônica, apenas 5 conseguiram passar à fase seguinte. “A partir do momento em que você está lá, você pode ter acesso a outros pontos, outros planos de teste, ter acesso a outras vulnerabilidades e fizemos esse intercâmbio de olhar outras possíveis vulnerabilidades. Essas vulnerabilidades são de todos os tipos, mas nenhuma  delas quebra a integridade do voto, e não muda o resultado de uma eleição”, explica o professor.

Em maio deste ano, ambos voltaram a Brasília para verificar a correção da vulnerabilidade apresentada por eles que, segundo o professor, foi resolvida pelo TSE. Para Ian, que concluiu o curso de Computação no final do ano passado, os testes simbolizam um processo importante para a democracia brasileira.

“Pegar pessoas de fora do meio e as inserir para fazer testes, permite encontrar vários pontos de melhoria do processo. Nenhum dos achados neste ano e em anos anteriores põem em risco a democracia. É impossível você alterar o voto de alguém dentro de uma urna eletrônica”,

De acordo com a Resolução nº 23.444, do TSE, qualquer brasileiro pode apresentar um plano de ataque aos sistemas eleitorais envolvidos na geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos para o Teste Público de Segurança.

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