André anuncia processo contra Dagoberto por "mentiras"
O governador André Puccinelli (PMDB) vai processar o deputado federal Dagoberto Nogueira Filho (PDT) por representação apresentada à PGR (Procuradoria Geral da República). Ação é considerada "mentirosas, levianas e irresponsáveis" por Puccinelli.
"O deputado, que já responde a 30 processos na Justiça estadual, terá que se defender de mais um", comenta o governador em nota enviada à imprensa.
Puccinelli aproveita para cutucar o adversário político, derrotado nas últimas eleições. "O Dagoberto foi julgado pelas urnas, perdeu feio, ficando em último lugar para o Senado e, agora, busca criar um factóide, tentando confundir e ganhar espaço na mídia um dia antes da visita dos membros o Conselho Nacional de Justiça", lembrando que no dia 29 o CNJ estará em Campo Grande após receber denúncias de favorecimentos no Tribunal de Justiça.
A representação levanta suspeita sobre o patrimônio de Puccinelli, que teria bens incompatíveis com a renda. O governo contra-ataca dizendo que "embora durante toda a campanha eleitoral, em nenhum momento o patrimônio declarado do governador tenha sido contestado, nem sequer posto em suspeita".
A assessoria protesta que "para forçar essa conclusão, Dagoberto reduz o salário oficial do chefe do Poder Executivo, que é de R$ 22 mil para R$ 12 mil, atitude que evidencia e reforça a má-fé da representação".
Dagoberto acusa, inclusive, Puccinelli de ter cometido falsidade ideológica por ter declarado à Justiça Eleitoral ser natural de Campo Grande. A assessoria do governador confirma que nos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aparece a informação brasileiro naturalizado e naturalidade em Campo Grande, por ser domicílio do governador e, "simplesmente porque o sistema informatizado da Justiça Eleitoral não permite respostas diferentes".
O governo justifica ainda que "é público e notório que o governador sul-mato-grossense nasceu em Viareggio, na Itália, vindo para o Brasil com sete meses de idade.
