André cita fim de verticalização contra pressão do PMDB
O governador André Puccinelli (PMDB) foi sucinto ao comentar a possibilidade do comando nacional do partido retaliar os Estados que não acompanharem o apoio à presidenciável Dilma Roussef (PT).
"Não tem a verticalização, para mim isso basta. Não irei falar de hipóteses", afirmou. Na verticalização, os partidos políticos eram obrigados a reproduzir nas eleições estaduais as alianças partidárias da eleição presidencial.
Enquanto Puccinelli, que será candidato à reeleição, faz mistério se apoiará Dilma ou José Serra (PSDB) à eleição presidencial, a imprensa nacional dá como certo o apoio de Mato Grosso do Sul ao candidato tucano. Desta forma, o Estado bateria de frente com o projeto nacional, pois o presidente do PMDB, Michel Temer, deve ser vice na chapa da petista.
A possibilidade de ruptura entre o comando nacional e Estados que são contra a parceria com o PT já se desdobrou em uma consulta ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e um alerta do deputado Waldemir Moka (PMDB) a Michel Temer.
Conforme Moka, qualquer retaliação pode convulsionar a convenção do partido. O encontro foi comentado hoje pelo blog do Jornal Folha de São Paulo, de Josias de Souza.
Na quarta-feira, o PMDB encaminhou consulta ao TSE sobre o que determina a lei de fidelidade partidária em relação aos apoios em 2010. "Vou aguardar o resultado da consulta", conta o governador.