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Política

Após reunião com a Caixa, vereadores devem desistir da CPI da Homex

Bruno Chaves | 08/08/2013 12:40

Após se reunirem com o superintendente da CEF (Caixa Econômica Federal) em Mato Grosso do Sul, Paulo Antunes Siqueira, os vereadores da Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos da Câmara se mostraram confiantes quanto aos métodos escolhidos pela instituição financeira para contornarem o suposto calote dado pela construtora mexicana Homex em Campo Grande. Com isso, a decisão sobre a instauração da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ficou para a próxima semana.

De acordo com o presidente da comissão, vereador Alceu Bueno (PSL), os parlamentares procuraram o superintendente para tomarem conhecimento sobre a situação da Homex na Capital. “Nossa preocupação era que o município e os compradores não tivessem prejuízos. Nos tranquilizamos com as explicações do superintendente Paulo Antunes”, revelou Bueno.

Paulo Antunes explicou aos parlamentares que a construtora recebeu incentivos da Prefeitura de Campo Grande para construir três mil casas no bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande. No entanto, apenas 700 unidades foram levantadas. Dessas, somente 450 foram entregues aos compradores. O restante está com 60% da obra feita, alguns com 50% e outros com 10%.

“A empresa quebrou e não tem condições de terminar essas obras. Por isso, a Caixa vai contratar uma construtora, provavelmente aqui de Campo Grande, para terminar as casas. Cálculos técnicos apontam que cerca de R$ 1,5 milhão é o suficiente para finalizar as unidades”, conta.

O montante para concluir as obras das casas compradas será retirado de uma conta da Homex, que foi bloqueada pela CEF, quando a empresa deu sinais de falência, no início deste ano. São cerca de R$ 3,5 milhões que a empresa possui na instituição financeira.

Como mais de duas mil casas não foram comercializadas, Bueno disse que o vereador Edil Albuquerque, integrante da Comissão de Obras, sugeriu que o restante da área adquirida pela Homex seja desapropriada pela prefeitura para que casas populares sejam construídas. De acordo com o vereador, 80% da área não foram utilizados.

“Um requerimento será feito e encaminhado ao prefeito com a sugestão”, afirmou Bueno.

Comprometimento – Segundo o vereador, a CEF se comprometeu em três pontos para resolver, de vez, a situação das pessoas que adquiriram um imóvel da Homex.

O primeiro deles, é a questão do esgoto. A instituição garantiu que acionará o seguro da construção para resolver o vazamento do esgoto nas 700 unidades vendidas pela empresa.

O segundo ponto é o conserto das unidades que apresentaram infiltrações, rachaduras ou outros problemas relacionados à execução das obras. Segundo o vereador, as casas com defeito representam 5% do total das moradias. Para que a situação seja contornada, cerca de R$ 100 mil reais devem ser investidos nos reparos.

O terceiro quesito é a finalização das obras. A CEF afirmou que ninguém terá prejuízos e já encaminhou solicitação à Homex pedindo que a construtora deixe o canteiro de obras na cidade.

CPI – Diante da possibilidade de uma CPI ser instaurada na Casa de Leis para que a construtora mexicana seja investigada, Bueno disse que, no início da próxima semana, a Comissão de Obras irá conversar com os parlamentares que assinaram o requerimento a favor da investigação.

“Temos a intenção de chamar o superintendente para explicar aos demais parlamentares a situação da Homex em Campo Grande. Depois disso, iremos ver a necessidade de instaurar e CPI”, finalizou.

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