ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 30º

Política

Bacha ganha prazo dos índios para retirar bois e prevê mais mortes

Aline dos Santos e Luciana Brazil | 23/05/2013 12:22
Manifestação contra as demarcações.
Manifestação contra as demarcações.
Ricardo Bacha hoje cedo na Assembleia.
Ricardo Bacha hoje cedo na Assembleia.

Dono de fazenda invadida por índios em Sidrolândia, o ex-deputado Ricardo Bacha ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa hoje para anunciar que parte para o tudo ou nada. “Tenho prazo de até 24 horas para tirar as coisas de casas. Mas vou para lá. Não vou deixar para meus filhos a lembrança de um pai acovardado”, declarou. Sobre o conflito fundiário, foi taxativo: “Tenho certeza que vai morrer mais gente”. O prazo dado pelos índios é para retirar 300 cabeças de gado.

Bacha relatou que a sede da fazenda Buriti foi invadida pelos terenas na tarde do último sábado. “Soltaram bombas e rojões, cortaram a energia elétrica, arrombaram a porta”, conta. Segundo o fazendeiro, o grupo tem reforço de “gente loira” e índios de outras aldeias. “Fomos acuados, desmoralizados”, diz.

Conforme o fazendeiro, mais de 300 hectares foram invadidos por índios em Sidrolândia. Bacha defende a presença da Força Nacional e do Exército para defender a ordem. A saída dos índios das fazendas, que deveria acontecer no último sábado, foi suspenso até a próxima quarta-feira, quando será realizada audiência na Justiça Federal.

Em nota, a PF (Polícia Federal), declarou que “comissão formada por representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal, após vistoria, constatou que o prédio sede da fazenda Buriti não foi invadido, saqueado ou depredado”.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, usou a tribuna para dizer que as questões são de repercussão nacional e que o que está em jogo não é um caso isolado e sim o futuro do Estado.
“Ou segue a Constituição, ou vamos seguir a lei dos homens”, declarou. Chico Maia disse também que os proprietários não querem transformar as áreas em praça de guerra. “Índio precisa do Estado, ser reintegrado na história”, completou.

Nos siga no Google Notícias