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Política

Câmara se impõe, para projetos e nem novo líder põe fim a crises com Olarte

Kleber Clajus | 04/11/2014 14:31
Falta de consenso continua sendo principal desafio para Olarte aprovar projetos na Câmara (Foto: Kleber Clajus)
Falta de consenso continua sendo principal desafio para Olarte aprovar projetos na Câmara (Foto: Kleber Clajus)

Os vereadores de Campo Grande não facilitaram a situação do prefeito Gilmar Olarte (PP) na sessão desta terça-feira (4). Nem a antecipação do novo líder, o vereador Edil Albuquerque (PMDB), reverteu a situação e o parlamento paralisou o projeto da Cidade do Ônibus, que prevê investimento de R$ 50 milhões, e não aprovou uma nova suplementação, de R$ 24 milhões. 

Sob o risco de ser derrotado, o prefeito retirou de pauta projetos de doação de 11 áreas com incentivos do Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social). Sob alegação de “readequação técnica”, ficaram suspensos incentivos fiscais a empresas de transporte interestadual. A proposta faz parte do projeto Cidade do Ônibus, iniciado em 2010, que tem por objetivo retirar de circulação 1,2 mil ônibus que transitam entre a rodoviária e suas garagens na Capital. O investimento previsto é de R$ 50 milhões distribuídos em área de 20 hectares no Pólo Empresarial Wilmar Lewandowski.

Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), ressaltou que acordo entre o prefeito e vereadores levou a retirada da proposta sem acordo e que poderia ser vetada. Reunião prévia, realizada ontem (3), com 19 dos 29 vereadores até chegou a negociar uma saída que não encontrou consenso no plenário.

Para Edil, que assume a liderança do prefeito após João Rocha (PSDB) deixar o cargo, o momento agora é de conversar com cada vereador para tentar retomar o investimento, formatado quando ainda era titular da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio).

O presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), avaliou que a medida adotada pelo Executivo considerou a “emergência de outros projetos dada a pauta trancada [pela doação das áreas]”.

Após ter a pauta liberada, no entanto, outro entrave surgiu ao se votar suplementação de R$ 24,1 milhões, que dentre outros pontos prevê recurso para obras em Ceinfs (Centros de Educação Infantil), UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Eduardo Romero (PT do B), Luiza Ribeiro (PPS) e Thaís Helena (PT) fizeram coro ao questionar retirada de R$ 5 milhões de obras e instalações da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) para folha de pagamento. O questionamento considera necessidade de reforma de estruturas da cultura e risco do investimento de 1% do orçamento, previsto em lei, não ser cumprido.

Transferida a decisão para quinta-feira (6), Edil terá somado ainda desafio de aprovar proposta de reajuste de 18% do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e, como se não bastasse, enfrentará falta de consenso novamente entre os parlamentares.

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