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Política

CPI define presidência e marca para sexta-feira conversa com delegado

Nyelder Rodrigues | 08/06/2016 19:46
Da esquerda para a direita, os vereadores da CPI: Livio Leite, Edson Shimabukuro, Alex do PT, Vanderlei Cabeludo e Chiquinho Telles (Foto: Divulgação Câmara)
Da esquerda para a direita, os vereadores da CPI: Livio Leite, Edson Shimabukuro, Alex do PT, Vanderlei Cabeludo e Chiquinho Telles (Foto: Divulgação Câmara)

O vereador Alex do PT foi escolhido como o presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai investigar o sumiço de 32 mil doses de vacinas contra a gripe A em postos de saúde da Capital. Na sexta-feira (10), parlamentares se reúnem com o delegado Fabiano Nagata, da 1ª DP, e que apura vacinação irregular ocorrida no gabinete do prefeito.

Campo Grande recebeu 195 mil doses do Ministério da Saúde para a campanha de vacinação contra a gripe, realizada no mês passado. Porém, pessoas dentro do grupo de risco passaram a reclamar que não tinham mais vacinas nos postos, fazendo com que várias suspeitas fossem levantadas, entre elas de desvio de vacinas para pessoas fora do grupo de risco.

Além disso, a 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil) abriu inquérito terça-feira (7) para apurar a denúncia, feita em 3 de junho, de que pelo menos 35 pessoas fora do grupo de risco foram vacinadas no gabinete do prefeito Alcides Bernal (PP), incluindo dois vereadores e o próprio chefe do executivo municipal de Campo Grande.

Já antes desse caso, os vereadores se organizavam para abrir inquérito parlamentar sobre o sumiço de 32.381 doses. Dos 29 parlamentares da Casa, 15 assinaram requerimento aprovado em plenário no dia 31 de maio. Na tarde desta quarta-feira (8), aconteceu a primeira reunião do grupo, definindo Alex do PT como o presidente e Livio Leite (PSDB) como relator.

Próximos passos - A comissão, formada também pelos vereadores Chiquinho Telles (PSD), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Edson Shimabukuro (PTB), se encontra com o delegado Fabiano Nagata sexta-feira, às 9h, na 1ª DP, para trocar informações sobre a situação. Os primeiros envolvidos no caso serão ouvidos a partir de segunda-feira pela polícia.

A próxima reunião do grupo acontece na quarta-feira (15), quando será apresentado o plano de trabalho da CPI, que terá reuniões oficiais toda segunda e quarta-feira, às 9h. "Vamos ouvir representantes do Instituto Butantan, do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde e demais autoridades competentes", diz Alex.

A intenção é confrontar os números apresentados pelo município com os dos outros órgãos. Outra questão a ser checada é a do total de doses oferecidas pelo Instituto Butantan - o instituto diz são 10 doses frasco, mas a prefeitura alega que vieram apenas oito por frasco. As oitivas ainda serão convocadas.

O prazo para que os trabalhos dos vereadores sejam concluídos é de 90 dias, mas o período pode ser prorrogado. Um canal de denúncias para que a população possa informar a CPI sobre do sumiço de doses, privilégios para pessoas fora do grupo de risco, entre outras irregularidades, será criado.

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