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Política

CPI quer ouvir todos que receberam recursos indevidos da Enersul

Leonardo Rocha | 29/04/2015 14:27
CPI pretende ouvir todos que receberam recursos indevidos, para ter mais informações (Foto: Roberto Higa/ALMS)
CPI pretende ouvir todos que receberam recursos indevidos, para ter mais informações (Foto: Roberto Higa/ALMS)

A CPI da Enersul/Energisa quer ouvir o depoimento de todos os integrantes da “Lista Confidencial” da empresa, que receberam recursos indevidos, sem justificativa e autorização do Conselho Deliberativo da instituição. Já foi enviado os requerimentos para convocação das 38 pessoas físicas e jurídicas que constaram no relatório feito pela PWC (PriceWaterHouseCoopers).

“Estamos em busca dos endereços para encontrar estas pessoas e empresas, pois pretendemos ouvir todos, até para saber a regularidade destes pagamentos, que critérios foram adotados e como foi feito estes contratos com as pessoas jurídicas”, disse o relator da CPI, o deputado Beto Pereira (PDT).

Ele ponderou que em 30 dias a CPI já deve começar a ouvir estes depoimentos, até para que haja mais elementos e conteúdo nesta investigação. “O que podemos dizer é que foi analisado um relatório de 150 páginas, no entanto já temos mais de 3 mil páginas de documentos para avaliar”, ponderou.

Além de saber como eram feitos estes pagamentos, a CPI pretende investigar se os recursos de programas federais foram investidos, se os serviços das empresas terceirizadas eram realmente feitos, e se o pagamento seguia os preços de mercado. “Sabemos que eram de pessoas ligadas ao grupo Rede, por isso temos que analisar todos os detalhes”.

O relator ainda citou que as empresas que assumem estas concessões precisam investir um determinado valor na manutenção do patrimônio e que é dever desta CPI descobrir se estas ações foram tomadas. “Nossa finalidade é saber se todas estas ações que se tratam de uma má gestão do grupo Rede, teve impacto na tarifa do consumidor”.

O deputado Pedro Kemp (PT), integrante da CPI, também argumentou que no final desta investigação precisa concluir se a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) cumpriu sua tarefa de regular este setor, assim como todas as ações da empresas concessionárias. “A Aneel cumpriu seu papel? Fez o seu trabalho? Também tem que assumir sua responsabilidade”.

Outra questão que que vai ser levantada é que se estas práticas lesivas que foram feitas pelo grupo Rede, tiveram continuidade na Energisa, empresa que assumiu a Enersul. “O que podemos adiantar é que o trabalho está muito rápido e dinâmico, estamos confiantes”, disse Kemp.

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