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Política

Deputado paulista Major Olímpio diz que ECA é uma “farsa”

Leonardo Rocha | 16/09/2013 13:24
Deputado participou da entrega de assinaturas da campanha Reaja Brasil hoje em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)
Deputado participou da entrega de assinaturas da campanha Reaja Brasil hoje em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)

O deputado estadual de São Paulo, Major Olímpio Gomes (PDT), afirmou hoje em Campo Grande durante a entrega de assinaturas da campanha “Reaja Brasil”, que a ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) não passa de uma “farsa”, já que não protege as crianças e ainda permite que criminosos e quadrilhas “usem” adolescentes em crimes em todo país.

“Nenhuma quadrilha de bandidos que se preze deixa de ter um menor para trabalhar e assumir os crimes, hoje se este adolescente for preso fica três anos em órgãos específicos e depois retorna para as ruas”, afirmou ele.

Segundo o deputado, quando acontece “rebelião” as mais violentas são entre os adolescentes. “Na antiga FEBEM (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor) a situação era pior que nos presídios, pois eles sabiam que a cobrança seria menor”, destacou.

Aceitação – O major garantiu que se houvesse um plebiscito no país, 90% da população iria apoiar a redução da maioridade penal, já que a maioria dos países desenvolvidos trata a questão desta forma. “O governo federal se apoia em instituições que são contra esta diminuição, mas se for aos países delas vocês verão que lá a idade é bem menor”, salientou.

Ele destaca que se um jovem de 17 anos que já entende muito bem o que pode ou não fazer, mata um cidadão de bem, fica claro que ele deveria responder como um preso comum. “Não há diferença, o que existe é uma hipocrisia da sociedade que não quer o enfrentamento, hoje menor não comete crime e sim ato infracional”.

Polêmica – O deputado Major Olímpio não foge de polêmicas, ele já foi a diversos programas de TV criticar a atuação da Policia Civil de São Paulo, que segundo ele, insisti em investigar apenas o adolescente Marcelo Eduardo Pesseghini, 13 anos, como suspeito de ter matado o pai, a mãe, a avó, a tia-avó e depois ter se suicidado no dia 5 de agosto, na zona Norte de São Paulo.

“Todos os laudos apresentados pela polícia são inconclusivos e nenhum aponta para autoria de Marcelo, não há nenhum vestígio na casa e nem no carro onde ele foi para escola no dia seguinte”, afirmou o major ao Campo Grande News.

Ele ainda ressaltou que foi encontrada apenas uma “gota” de sangue no tênis do menino e este pertencia a ele. “Nada aponta para o menino, mas a policia insiste em mantê-lo como único suspeito”, ponderou. O major destaca que se não fosse à imprensa, este caso já havia sido fechado e encerrado. “Tem que continuar pressionando se não vão deixar muitas lacunas neste processo”, afirmou Olímpio.

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