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Política

Deputados cogitam “fechar” Assembleia para apoiar escolas especiais em Brasília

Leonardo Rocha | 07/08/2013 12:10
Deputados cogitam fechar Assembleia para apoiar alunos das escolas especiais (Foto: Cleber Gellio)
Deputados cogitam fechar Assembleia para apoiar alunos das escolas especiais (Foto: Cleber Gellio)

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) propôs aos colegas “fechar” as pautas da Assembleia no dia 14 de agosto e ir para Brasília com o intuito de apoiar as escolas especiais que lutam contra a emenda do PNE (Plano Nacional de Educação) que indica que os alunos com necessidades especiais devem seguir para as escolas regulares, que irá proibir o repasse de verbas públicas para entidades que promovem este ensino diferenciadoDeputados cogitam “fechar” Assembleia para apoiar alunos das escolas especiais

Diretores, professores, pais e alunos destas instituições foram hoje a Assembleia pedir o apoio dos parlamentares, para que haja “pressão” a bancada federal do Estado no dia 14 de agosto, data em que a proposta será votada na Câmara dos Deputados. “Vamos brigar para que esta emenda seja retirada do projeto, pois o caso é grave já que elas (instituições) irão parar de receber recursos e a educação regular não está preparada para esta mudança”, destacou Eduardo Rocha.

A mesa diretora da Casa de Leis deve reunir os líderes de bancada que vão decidir se vão ou não “fechar” a pauta do legislativo e montar uma comissão para ir a Brasília. “Creio que vai ser aprovado, já que os líderes se mostraram favoráveis a questão, fizemos isto em relação aos indígenas e agora a situação é até mais preocupante”, ressaltou o peemedebista.

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) que recebeu os convidados no plenário, ponderou que as instituições atendem alunos que precisam de cuidados maiores e a escola regular não está preparada para receber. “Eles fazem um atendimento individualizado, que na escola normal estes alunos seriam excluídos”, indicou.

Já Laerte Tetila (PT) ressaltou que as duas propostas poderiam ser atendidas, já que quando foi prefeito de Dourados fez esta “inclusão” e a proposta funcionou. “Tivemos êxito em vários alunos, mas tenho consciência que aqueles com maior dificuldade precisam de uma atenção especial”.

Situação – Dos 4.538 alunos com necessidades especiais no Estado, 96,5% estudam em entidades especializadas. Apenas 71 alunos estão estudando em escolas regulares do Estado e 86 em escolas municipais.

Lúcia Buainain, da Federação Estadual da Pestalozzi, destacou que a manutenção das escolas municipais é imprescindível e que estas manifestações contra as propostas estão acontecendo em todo país. “Temos que buscar apoio a quem tem influencia no governo federal para barrar esta situação, será uma crueldade colocá-los em escolas comuns”, declarou Paulo Moreno, presidente do conselho estadual de pessoas com deficiência.

Já Romilda Paracampos, da Associação da Pestalozzi, lembrou que as instituições surgiram em razão da “inexistência” deste trabalho e assistência a este público e que esta mudança está sendo feita sem ouvir as pessoas que lidam com o assunto todos os dias. “As escolas (regulares) precisam resolver seus problemas próprios, não estão preparadas para exercer este papel”, enfatizou ela.

Participaram da manifestação entidades como Juliano Varela, Sociedade Pestalozzi e a Apae (Associação de Pais e Amigos Excepcionais).

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