ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 23º

Política

Deputados divergem sobre propostas para reforma política

Leonardo Rocha | 03/07/2013 12:46
Deputado quer votação em dois turnos para vereadores e deputados (Foto: divulgação)
Deputado quer votação em dois turnos para vereadores e deputados (Foto: divulgação)

Os deputados colocaram a reforma política como principal discussão na sessão de hoje, na Assembleia Legislativa. Eles demonstraram que temas como voto distrital, financiamento público de campanha e diminuição de partidos não se tem  consenso e que cada um tem uma proposta diferente para a reforma.

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) levou a questão à tribuna da Casa de Leis, ele defendia uma constituinte específica sobre o tema, porém se decepcionou com o recuo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Ela deveria ter mantido a ideia, o Congresso (Nacional) já demonstrou que não consegue votar a reforma”, destacou.

O petista é favorável a diminuição de partidos, financiamento público de campanha e voto para o legislativo em dois turnos. “No primeiro (turno) se votaria apenas na legenda, depois no segundo escolheria os candidatos do partido”. Sobre o financiamento, Kemp destacou que existe muito abuso de poder econômico. “Nesta prática está à origem da corrupção, já que quem doa (recursos) depois vai cobrar participação na gestão ou no mandato do político”, apontou.

Amarildo Cruz (PT) também seguiu esta linha e destacou que aqueles que são contra o “financiamento público” são justamente os que se beneficiam do atual modelo. “Querem continuar comprando títulos de nobreza e usando o dinheiro para se eleger”, enfatizou.

Já o deputado Zé Teixeira (DEM) levantou outra questão, ele quer a diminuição de partidos, que segundo ele, são apenas de “alugueis” e aparecem somente para “lucrar”. “Temos que seguir os Estados Unidos que tem dois partidos, aqui tem mais de 30, a maioria só atrapalha”, ressaltou. Teixeira ainda criticou o surgimento de novas legendas, como a Rede da ex-ministra Marina Silva. “Será que em 32 partidos ela não se encontrou? Precisa de um novo?”, questionou.

Rinaldo Modesto (PSDB) aproveitou para defender o voto distrital, pois assim cada região teria um representante. “A maioria dos eleitores não lembra em quem votou para deputado e vereador depois de quatro meses, com este formato esta situação mudaria”.

O presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB) foi mais enfático e ressaltou que o Congresso deve entrar em acordo e estabelecer uma regra “fixa” para eleição e não deixar que a justiça eleitoral mude as regras a cada novo pleito eleitoral. "Já passou da hora da aprovação da reforma política e tributária", apontou.

Nos siga no Google Notícias