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Política

Deputados divergem sobre redução da carga horária

Redação | 08/09/2009 11:50

Deputados estaduais divergiram nesta manhã sobre a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição do salário.

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) deve ser apreciada em breve pela Câmara dos Deputados. A matéria precisa ser aprovada duas vezes na Casa antes de seguir para o Senado.

Presidente regional do PT, Amarildo Cruz ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa nesta manhã para defender a aprovação da PEC.

Ele disse que a classe trabalhadora em Mato Grosso do Sul deve pressionar a bancada federal para votar favorável à proposta. Segundo ele, a PEC deve ser apreciada já na próxima semana.

"Não podemos ficar à margem dessa discussão, acho que a classe trabalhadora precisa cobrar dos senadores e deputados, eles precisam votar em favor dos trabalhadores", opinou, destacando que acredita no aumento dos empregos sem redução dos salários, caso a proposta seja aprovada no Congresso Nacional.

O deputado Akira Otsubo (PMDB) também ocupou o microfone de apartes para discutir o assunto. Ele defende uma ampla discussão sobre a proposta.

"Temos que discutir o que é melhor para o Brasil, se é gerar empregos ou reduzir a carga horária", afirmou.

O deputado Zé Teixeira (DEM) acha que é utopia discutir redução da carga horária neste momento.

Em sua opinião, os congressistas não podem interferir em um assunto que deve ser tratado entre patrões e empregados.

"A gente não sabe se o comércio e a indústria agüentam isso, redução de carga horária sem redução dos impostos, dos compromissos que os empregadores têm. A não ser que o governo reduza a carga tributária", declarou.

O deputado Marquinhos Trad também defendeu que o assunto seja amplamente discutido para que seja encontrado um ponto comum nos interesses de empregados e empregadores.

"Desde que não afete o desenvolvimento e haja concordância entre patrão e empregado, tudo bem, acho que tudo deve ser feito por meio de consenso", defendeu.

As centrais sindicais usam dados do Dieese para apontar que serão geradas em torno de 2,2 milhões de vagas caso a proposta seja aprovada. Além disso, a PEC relatada pelo deputado Vicentinho (PT-SP) prevê que o adicional pago sobre a hora extra suba a 75%.

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