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Política

Deputados esperam protestos e tensão caso tenham que votar reforma

Texto que tramita no Senado Federal ainda não inclui estados e municípios nas mudanças do regime previdenciário

Jones Mário e Leonardo Rocha | 15/08/2019 12:10
Deputados estaduais no plenário da Assembleia durante sessão na manhã desta quinta-feira (Foto: Leonardo Rocha)
Deputados estaduais no plenário da Assembleia durante sessão na manhã desta quinta-feira (Foto: Leonardo Rocha)

Os deputados estaduais preveem tensão, mobilização de sindicatos e protestos caso precisem discutir e votar a reforma da Previdência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O texto no Senado ainda não inclui estados e municípios, e, caso permaneça assim, as mudanças no sistema de aposentadorias deverão ser apreciadas pelos parlamentares locais.

Pedro Kemp (PT) é favorável à discussão da reforma estado por estado. Para ele, o processo favorece negociação com servidores, sindicatos e possibilita definição de regras próprias.

Caso o texto que tramita em Brasília (DF) não sofra alterações e a Assembleia precise votar uma reforma própria, “vai haver mobilização e os servidores vão exigir mudanças”, crê Kemp. “Não espero clima ameno”, completou.

Para Neno Razuk (PTB), uma possível discussão estadual da reforma “vai causar polêmica” mesmo “já bem discutida em Brasília”. “Vão questionar as mudanças nas regras, podem se sentir prejudicados, mas vamos ter que encarar e aprovar mesmo com protesto, porque se trata do futuro de Mato Grosso do Sul em relação à suas contas”, apontou.

Líder do governo estadual, José Carlos Barbosa (DEM) acredita que, como a proposta pode ser apenas para igualar as regras nacionais, a tensão pode ser menor. Por outro lado, o deputado pensa que “a polêmica vai continuar”. “É natural ter protestos, mobilização das categorias. Não vai ser tranquilo”, previu.

Gerson Claro (PP) comparou com a situação com a “minirreforma” de 2017, quando os deputados estaduais aprovaram, sob muitos protestos, aumento na contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para 14%.

“É uma situação diferente, porque o assunto está bem mais debatido. Tenho esperança de que vai se resolver tudo em Brasília. A lei é federal, precisa ter efeito nacional”, destacou.

Já Marçal Filho (PSDB) ressaltou que “nunca houve momento mais propício para votar a reforma da Previdência”. Segundo ele, os projetos sequer eram apresentados em governos anteriores.

“Bolsonaro conseguiu convencer boa parte da população de que a reforma precisa ser votada. Se vier para o Estado, vai ter protesto e mobilização. Os servidores vão querer negociar”, explicou.

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