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Política

Dono de megafone contra políticos, Magalhães quer vaga na Assembleia

Ele justifica a troca de lado porque não tem mais esperança nos atuais donos de mandatos e promete 500 almoços gratuitos

Aline dos Santos | 06/12/2017 08:51
Magalhães quer ser candidato em 2018 e mira a Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Ermínio)
Magalhães quer ser candidato em 2018 e mira a Assembleia Legislativa. (Foto: Marcos Ermínio)

O homem que há 18 anos empunha um megafone e brada, na principal avenida de Campo Grande, contra corrupção e políticos quer ampliar em 2018 o poder da voz. Aos 72 anos, o capitão aposentado José Magalhães conta que busca espaço para ser candidato a deputado estadual e justifica a troca de lado – ingresso na classe politica que tanto critica – porque não tem mais esperança nos atuais donos de mandatos.

“Quando comecei esse trabalho, tinha a ilusão de que homens e mulheres de bem se dispunham a se a ombrear por uma causa. Mas os homens só se juntam a fim de buscar benesses imediatas. Estou sonhando em ampliar essa voz para que isso chegue ao maior número de pessoas. Se quiserem, aceito ser candidato. Não podemos deixar de ter representantes e entendo que não podemos contar com os que aí estão: corruptos por ação, conivência ou omissão”, afirma Magalhães.

Atualmente filiado ao PEN, ele não descarta permanecer na sigla, mas quer garantia de espaço para disputar as Eleições 2018. Caso contrário, está aberto a proposta de partidos novos.

A plataforma, no caso de futura campanha e vitória, é distribuir 500 almoços gratuitos por mês e comprar espaço publicitário nos meios de comunicação para pedir que a população de Campo Grande não reeleja nenhum dos 29 vereadores na eleição de 2020.

“A ideia do megafone surgiu há 18 anos, justamente quando entendi que os homens e mulheres de bem não estavam preparados para participarem de uma ação transformadora e resolvi desenvolver uma ação por mim mesmo. Todo domingo estou lá na Afonso Pena levando a minha mensagem, imagina se for levada por um deputado”, diz Magalhães.

Nos planos como político, também figuram um gabinete enxuto. Um funcionário para cuidar do cafezinho, outro responsável pelas ligações telefônicas e três advogados para “passar a Assembleia a limpo”.

Alegando que a reeleição é a profissionalização do político, Magalhães afirma que não vai almejar mandatos sucessivos. “Entendo que o exercício do mandato é contribuir com a sociedade. Tenho 72 anos, filhos formados e netos que não precisam do meu dinheiro”, diz.

Megafone é usado há 18 anos com pedido de "não reeleja". (Foto: Marcos Ermínio)
Megafone é usado há 18 anos com pedido de "não reeleja". (Foto: Marcos Ermínio)
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