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Política

Em CPI, indígena relembra morte de sobrinho de 1 ano e pede respeito

Nyelder Rodrigues | 14/04/2016 22:15

O indígena Gilmar Batista, da etnia Guarani-Kaiowá, prestou depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da ação/omissão do Estado nos casos de violência contra os povos indígenas, que é realizada pela Assembleia Legislativa em paralelo à CPI do Cimi. Em sua fala, Batista relembrou a morte de um sobrinho e pediu respeito à comunidade indígena.

Ele conversou com os deputados estaduais na tarde desta quinta-feira (14), e fez inúmeras reclamações. "Nós somos uma comunidade muito sofrida, não temos atendimento, sofremos violência, e inclusive perdi meu sobrinho de um ano e meio porque a Sesai não atendeu. Pedimos respeito”, declara Gilmar, que mora na aldeia Kurussu Amba, em Coronel Sapucaia.

O sobrinho dele, Jadson Lopes, teria começado a vomitar durante uma madrugada de janeiro deste ano. A Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) foi contactada para atendê-lo urgentemente, porém, alegou não ter autorização para entrar na área. A falta de atendimento resultou no falecimento do bebê, às 7h50.

Além de Gilmar, o indígena Anastácio Peralta, da aldeia Panambizinho, e o professor de Antropologia Jorge Eremites, também participaram de depoimentos hoje. Ambos foram unânimes em creditar ao confinamento vivido pelos povos indígenas, sobretudo os Guarani-Kaiowá, atos violentos como mortes entre os próprios índios, suicídios, fome e miséria.

Em geral, eles acreditam que há uma má vontade do Governo Federal em resolver os conflitos por terras existentes em Mato Grosso do Sul, criticando a postura de descaso tomada pela União diante da grave situação.

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