Em memória de ex-prefeita assassinada, MS cria dia contra violência política
A celebração ocorrerá anualmente no dia 30 de outubro
O governador do Estado, Eduardo Riedel, sancionou a lei n° 6.481 que cria o Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Política, a ser celebrado todos os anos no dia 30 de outubro. A nova data foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (09).
RESUMO
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O governador Eduardo Riedel sancionou lei que institui o Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Política em Mato Grosso do Sul, celebrado em 30 de outubro. A data homenageia Dorcelina Folador, ex-prefeita de Mundo Novo, assassinada em 1999. A lei visa promover a conscientização sobre violência política de gênero e incentivar a participação feminina na política. Dorcelina, que foi militante do MST e fundadora do PT, foi morta com seis tiros em sua residência. O mandante do crime, Jusmar Martins da Silva, e o executor, Getúlio Machado, foram condenados a 18 anos de prisão.
A data é em homenagem à ex-prefeita de Mundo Novo, Dorcelina Folador, assassinada em casa.
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O texto determina que a celebração seja incluída no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul.
O objetivo é promover a conscientização sobre a violência política de gênero; incentivar a participação das mulheres na política; e difundir a história, a biografia, o legado e a trajetória da ex-prefeita.
Além disso, o Poder Executivo também poderá promover campanhas educativas, palestras, seminários e outras atividades relacionadas ao tema, visando à conscientização da sociedade sobre o enfrentamento à violência política de gênero.
O caso - Era a noite de 30 de outubro de 1999 quando Dorcelina foi morta na varanda de casa com seis tiros.
A ex-prefeita era ícone da luta pela igualdade no acesso à terra em Mato Grosso do Sul; foi ex-integrante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e uma das fundadoras do PT (Partido dos Trabalhadores) em Mundo Novo.
Jusmar Martins da Silva foi condenado a 18 anos de prisão em 2003 por ser o mandante do assassinato. Ele coordenou a campanha eleitoral de Dorcelina e foi nomeado a secretário municipal de Agricultura e Pecuária, mas foi exonerado em pouco tempo.
Quem atirou contra Dorcelina foi o pistoleiro Getúlio Machado. Ele também foi condenado a 18 anos de prisão.
Jusmar voltou à prefeitura do município 25 anos após o crime. Em março deste ano, ele foi nomeado como fiscal da Vigilância Sanitária Municipal, mas pediu exoneração do cargo no mesmo mês. Na época, a gestão esclareceu que ele fez a solicitação por não querer “causar transtornos”.
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