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Política

Em memória de ex-prefeita assassinada, MS cria dia contra violência política

A celebração ocorrerá anualmente no dia 30 de outubro

Por Izabela Cavalcanti | 09/10/2025 07:55
Em memória de ex-prefeita assassinada, MS cria dia contra violência política
Ex-prefeita de Mundo Novo, Dorcelina Folador falando no microfone (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O governador do Estado, Eduardo Riedel, sancionou a lei n° 6.481 que cria o Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Política, a ser celebrado todos os anos no dia 30 de outubro. A nova data foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (09).

RESUMO

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O governador Eduardo Riedel sancionou lei que institui o Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Política em Mato Grosso do Sul, celebrado em 30 de outubro. A data homenageia Dorcelina Folador, ex-prefeita de Mundo Novo, assassinada em 1999. A lei visa promover a conscientização sobre violência política de gênero e incentivar a participação feminina na política. Dorcelina, que foi militante do MST e fundadora do PT, foi morta com seis tiros em sua residência. O mandante do crime, Jusmar Martins da Silva, e o executor, Getúlio Machado, foram condenados a 18 anos de prisão.

A data é em homenagem à ex-prefeita de Mundo Novo, Dorcelina Folador, assassinada em casa.

O texto determina que a celebração seja incluída no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul.

O objetivo é promover a conscientização sobre a violência política de gênero; incentivar a participação das mulheres na política; e difundir a história, a biografia, o legado e a trajetória da ex-prefeita.

Além disso, o Poder Executivo também poderá promover campanhas educativas, palestras, seminários e outras atividades relacionadas ao tema, visando à conscientização da sociedade sobre o enfrentamento à violência política de gênero.

O caso - Era a noite de 30 de outubro de 1999 quando Dorcelina foi morta na varanda de casa com seis tiros.

A ex-prefeita era ícone da luta pela igualdade no acesso à terra em Mato Grosso do Sul; foi ex-integrante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e uma das fundadoras do PT (Partido dos Trabalhadores) em Mundo Novo.

Jusmar Martins da Silva foi condenado a 18 anos de prisão em 2003 por ser o mandante do assassinato. Ele coordenou a campanha eleitoral de Dorcelina e foi nomeado a secretário municipal de Agricultura e Pecuária, mas foi exonerado em pouco tempo.

Quem atirou contra Dorcelina foi o pistoleiro Getúlio Machado. Ele também foi condenado a 18 anos de prisão.

Jusmar voltou à prefeitura do município 25 anos após o crime. Em março deste ano, ele foi nomeado como fiscal da Vigilância Sanitária Municipal, mas pediu exoneração do cargo no mesmo mês. Na época, a gestão esclareceu que ele fez a solicitação por não querer “causar transtornos”.

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