ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 28º

Política

Empresa que fornece frutas a prefeito diz que kit é semestral

Helton Verão | 01/07/2013 18:35
Vereadores na tarde de hoje durante a CPI do Calote (Foto: Marcos Ermínio)
Vereadores na tarde de hoje durante a CPI do Calote (Foto: Marcos Ermínio)

Após polêmica do kit Papa Frutas na tarde desta segunda-feira (1º) na CPI do Calote, a empresa se pronunciou sobre o acordo com o prefeito Alcides Bernal. Segundo a direção, o contrato prevê a entrega diária de dois kits de três frutas e um de quatro. O valor contrato cogitado na CPI de R$ 1.470,00 é referente ao semestre.

A empresa entrega todos os dias no gabinete um pacote de frutas descascadas e cortadas, prontas para o consumo do prefeito, além de barra de cereal, biscoito de aveia e leite condensado.

O assunto gerou uma tremenda repercussão durante a audiência. O vereador Eliseu Dionízio (PSL) lembrou das reclamações da falta de frutas e verduras em Ceinfs, enquanto Bernal aprecia o kit.

Na opinião dele, o maior problema nem é a mordomia, mas o fato de o contrato de aquisição ter sido enviado à Câmara sem detalhes básicos.

Nossa reportagem consultou o custo dos kits do Papa Frutas e descobriu que o valor de 4 itens é de R$ 105,00 por mês, mas não há pacote para 10 itens, como o informado pela prefeitura.

Segundo Eliseu, o caso serve para exemplificar todos os outros encaminhados a pedido da CPI do Calote, começando pelo número total de documentos enviados. “A prefeitura disse que eram 440 contratos, mas vieram 459. Tem coisa que está aqui e o prefeito nem sabe”, comenta o vereador.

Ele garante que “tudo que foi enviado pelo Bernal está incompleto”. Nenhum contrato chegou com cópias de notas fiscais e muitos não têm nem sequer o tempo estabelecido para fornecimento de bens ou serviços.

Eliseu cita outros 2 contratos com o mesmo objeto, mas publicados de forma separada para que o valor na atingisse o montante que exige abertura de licitação.

“Essa é uma forma de burlar a lei. Fracionando as compras, o valor fica menor e libera da licitação”, explica Eliseu.

O vereador também reclama que no Portal da Transparência do Município não há publicações completas sobre licitações, a ultima atualização é da administração passada.

Nos siga no Google Notícias