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Política

Ex-coordenador do Gaeco contesta e diz que vereadores foram investigados

Paulo Yafusso | 01/06/2016 17:45
Ex-governador do Gaeco, Marcos Alex Vera de Oliveira, durante coletiva sobre os denunciados na Coffee Break (Foto: Marcos Ermínio)
Ex-governador do Gaeco, Marcos Alex Vera de Oliveira, durante coletiva sobre os denunciados na Coffee Break (Foto: Marcos Ermínio)

Os documentos divulgados por três dos 13 vereadores denunciados na Operação Coffee Break são referentes a Operação Adna e não da investigação sobre o esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). Segundo o promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, a divulgação da certidão e declaração que citam que os vereadores Otávio Trad, Eduardo Romero e Flávio César, bem como a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) não são investigados serve para criar uma confusão “proposital” pelo advogado André Borges.

O advogado havia se queixado de que mesmo tendo recebido documento do Gaeco com o mesmo teor da certidão entregue a Rose Modesto, os três vereadores foram denunciadas e a tucana não.

Marcos Alex Vera de Oliveira era o coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e comandou as investigações na Coffee Break. Ele explica que na Operação Adna, os quatro não eram investigados e foram ouvidos como testemunhas por terem seus nomes citados nas escutas telefônicas feitas com autorização da justiça.

A Adna investigou o uso de cheques em branco pelo vice-prefeito afastado Gilmar Olarte (Pros), junto a agiotas. O dinheiro seria para o pagamento de dívidas de campanha e em troca teriam sido prometidos vantagens na Prefeitura com a eleição da chapa formada por Alcides Bernal (PP) e Olarte (vice).

“Na Adna eles não eram investigados, mas na Coffee Break sim, tanto que tiveram os celulares apreendidos”, afirmou Marcos Alex. O promotor lembra ainda, que todos eles foram ouvidos na Coffee Break. Na época, por também ocupar cargo de secretária estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho e ter foro privilegiado, Rose Modesto foi ouvida na Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

Durante a coletiva à imprensa na última terça-feira, ao falar sobre a denúncia, o procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, disse que haverá investigações complementares para levantar provas contra outras pessoas em que há indícios de participação no esquema de cassação de Alcides Bernal, mas que até o momento não foram obtidos elementos suficientes para a inclusão delas nessa lista de denunciados. Por isso, decidiu-se pelo desmembramento das investigações.

No total, 24 pessoas, entre políticos e empresários, foram denunciados pela PGJ. 

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