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Política

Força-tarefa do MPE ouve empresário de comunicação sobre Lama Asfáltica

Paulo Yafusso e Michel Faustino | 08/09/2015 17:37
Carlos Naegele, dono do Midiamax, deixa o MPE após prestar depoimento à Força Tarefa (Foto:Gerson Walber)
Carlos Naegele, dono do Midiamax, deixa o MPE após prestar depoimento à Força Tarefa (Foto:Gerson Walber)

Paralelamente a investigação que vem sendo feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) sobre o esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014, a Força Tarefa criada pelo MPE (Ministério Público Estadual) prossegue com os depoimentos referentes a Operação Lama Asfáltica. Hoje, mais pessoas foram ouvidas pelos promotores de Justiça, entre elas Carlos Naegele, dono do Midiamax.

Ele chegou à sede do PME por volta das 15h e deixou o local por volta das 16h30, acompanhado do advogado Thiago Nascimento Lino. Naegele afirmou que veio prestar depoimento na condição de testemunha, mas nada referente as operações Lama Asfáltica ou Coffee Break. O empresário do Midiamax disse que vai prestar depoimento ao Gaeco na quinta-feira, e afirmou se sentir gratificado em ser chamado para falar sobre o esquema para cassar Alcides Bernal, pois o veículo de comunicação dele vinha denunciando há anos as articulações para isso.

Nas escutas da Operação Lama Asfáltica feita Polícia Federal com autorização da Justiça Federal, Carlos Naegele conversa sobre a cassação de Alcides Bernal e também faz referência a tomar um “cafezinho” com Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral. Segundo a PF, “cafezinho” era o código usado pelo integrantes da organização comandada pelo empreiteiro João Krampe Amorim dos Santos, para se referir a “propina”. Dono da Proteco, Amorim teria ligações com boa parte das empresas investigadas na Lama Asfáltica, de acordo com relatório da equipe de investigação.

A Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 9 de julho para apurar desvio de recursos federais, mediante fraudes em licitações e corrupção de servidores. Da ação participam a Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União), Receita Federal e MPF (Ministério Público Federal). Num primeiro momento, foi apurado que o esquema causou prejuízo de aproximadamente R$ 11milhões.

Já a Força Tarefa, que conta com 8 promotores de Justiça, investiga o desvio de recursos estaduais pela organização investigada pelos órgãos federais. Dois desses promotores, foram designados para atuarem exclusivamente nas investigações do Lama Asfáltica. Já o Gaeco foi chamado para realizar a Operação Coffee Break, que investiga suposta compra de vereadores para assegurar a cassação do prefeito Alcides Bernal.

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