Governo reúne 38 órgãos para discutir pacificação em fazenda de Caarapó
Secretário de Justiça afirma que o policial estadual seguirá no local para cumprir ordem judicial

Na manhã desta quarta-feira (29), uma reunião multiministerial foi realizada na sede da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para tratar dos conflitos por terra na Fazenda Ipuitã, em Caarapó. Ao todo, representantes de 38 entidades e órgãos públicos participaram da discussão, que ainda não foi concluída.
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Uma reunião multiministerial foi realizada na sede da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública para discutir os conflitos por terra na Fazenda Ipuitã, em Caarapó. O encontro, que contou com representantes de 38 entidades e órgãos públicos, busca uma solução pacífica para o conflito intensificado no último sábado. O secretário Antônio Carlos Videira informou que a Polícia Militar permanecerá na área cumprindo ordem judicial. A Polícia Civil investiga possíveis financiadores do conflito e crimes ambientais e patrimoniais registrados. Uma nova reunião está agendada para quinta-feira na Governadoria.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, destacou que o encontro foi importante para promover uma contenção não violenta do conflito, que voltou a se intensificar no último sábado (25). Segundo ele, o objetivo é manter a paz no campo e buscar a pacificação da região.
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“Quando temos aqui representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, junto com o Ministério dos Povos Indígenas e a Secretaria-Geral da Presidência da República, criamos um ambiente propício para a paz, para que possamos promover, em Mato Grosso do Sul, um modelo aplicável em todo o país”, afirmou o secretário.
Videira ressaltou que a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) permanece na fazenda cumprindo uma ordem judicial e que as forças estaduais não deixarão o local enquanto a decisão estiver em vigor.
“Primeiro, as forças de segurança estarão lá enquanto houver crimes acontecendo. Tivemos registros contra o meio ambiente e contra o patrimônio que só não evoluíram para crimes contra a vida justamente pela presença das forças estaduais. Sempre que for necessário o cumprimento do dever constitucional da Polícia Civil e da Polícia Militar, nós atuaremos”, reforçou.
O titular da Sejusp também afirmou que há diversas investigações em andamento, não apenas sobre os crimes ocorridos, mas também para identificar possíveis interessados em manter o conflito.
“Estamos apurando, por meio da Polícia Civil, quem são os responsáveis pelo financiamento e quem tem interesse na violência no campo. Esse trabalho é conduzido em sintonia com o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e o Poder Judiciário”, declarou.
Uma nova reunião está marcada para quinta-feira (30), na Governadoria, com o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), para apresentar os encaminhamentos discutidos nesta quarta-feira. Entre as autoridades presentes estavam representantes da Coordenadoria-Geral de Proteção Territorial do MPI (Ministério dos Povos Indígenas), da Coordenadoria-Geral de Povos e Comunidades Tradicionais do MMA (Ministério do Meio Ambiente) e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
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