Levantamento coloca Simone com salário “privilegiado” entre ministros
Ela é conselheira fiscal de empresa privada em que a União é acionista
Levantamento divulgado pelo Estadão coloca a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), na lista de integrantes do primeiro escalão do governo federal com remuneração turbinada. Ela é conselheira fiscal da Elo Serviços S.A., empresa privada em que a União é acionista.
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Simone Tebet, ministra do Planejamento, recebe remuneração adicional como conselheira fiscal da Elo Serviços S.A., empresa com participação da União. Seu salário como ministra é de R$ 45.425,85, após descontos. O valor recebido pela função na Elo não foi divulgado. Ministros do governo federal acumulam cargos em conselhos de estatais e empresas privadas com participação da União, recebendo jetons por reuniões. Vinícius Marques de Carvalho, da CGU, acumula salário de ministro e jetons da Brasilcap e Tupy, podendo receber até R$ 83 mil mensais.
O Estadão não detalha o valor que ela recebe pela participação. Consulta do Campo Grande News ao Portal da Transparência mostra salário de R$ 46.366,19 e remunerações eventuais de R$ 11.591,55. Após os descontos, a remuneração é de R$ 45.425,85 pelo cargo de ministra.
Conforme a reportagem do Estadão, ministros ocupam cargos em conselhos de estatais ou de empresas privadas das quais a União é acionista
Esses cargos rendem remunerações apenas pela participação em reuniões dos colegiados, realizadas periodicamente em intervalos que variam de acordo com normas de cada organização.
Conforme a assessoria de imprensa da ministra, Simone Tebet foi indicada pela Caixa Econômica Federal, uma das acionistas da Elo.
"Não há conflito de interesses na indicação de um ministro de Estado para o conselho de administração de uma empresa privada, desde que respeitadas as disposições da Lei nº 12.813, de 2013", informa nota enviada ao Campo Grande News.
A Lei 12.813 especifica as situações que configuram conflito de interesses envolvendo ocupantes de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal.
Já o ministro Vinícius Marques de Carvalho, da CGU (Controladoria-Geral da União), está no conselho de administração da Brasilcap, subsidiária do Banco do Brasil, e no conselho de administração da Tupy (empresa privada na qual o governo é acionista). Somados o salário de ministro, de R$ 44 mil, e os jetons da Tupy e da Brasilcap, seu contracheque pode chegar a R$ 83 mil em um único mês, segundo o Estadão.
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