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Política

Luiza Ribeiro entra com representação e MPE apura vazamento de depoimento

Paulo Yafusso | 28/10/2015 15:55
Vereadora Luiza Ribeiro: representação no MPE para que vazamento do depoimento seja apurado (Foto: Divulgação)
Vereadora Luiza Ribeiro: representação no MPE para que vazamento do depoimento seja apurado (Foto: Divulgação)

O MPE (Ministério Público Estadual) abriu procedimento investigatório para apurar o vazamento do vídeo-depoimento da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), prestada à Força Tarefa do órgão. Essa apuração foi requerida pela vereadora na semana passada, por meio de uma representação, em que ela afirma que “o vazamento de tal procedimento, que deveria ser sigiloso, foi orquestrado com o intuito de constranger a depoente”.

A publicação do vídeo em que ela presta depoimento à Força Tarefa do Ministério Público teria causado sérios problemas a ela, inclusive constrangimentos, conforme relatou a vereadora. Assim que houve o vazamento, Luiza Ribeiro passou a enfrentar ataques frequentes de alguns colegas do Legislativo.

No vídeo a vereadora fala sobre vários assunto, entre eles o problema do tapa-buracos e cascalhamento. Citou que ela e um grupo de vereadores que foram contra a cassação do prefeito Alcides Bernal receberam cópias de contratos de serviços executados nos últimos cinco anos. Segundo ela, seriam em torno de 34 contratos firmados entre a Prefeitura e cerca de 12 empresas, algumas delas ligadas ao empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco e alvo da Operação Lama Asfáltica, desencadeada no último dia 9 de julho, pela Polícia Federal, CGU (Controladoria Geral da União), MPF (Ministério Público Federal) e Receita Federal.

A assessoria do MPE se limitou a confirmar que o vazamento está sendo investigado, mas não dá detalhes de como será esse trabalho. O Campo Grande News apurou que apenas os depoentes e os seus advogados tiveram acesso as cópias dos depoimentos, que limitaria o campo de investigação. Assim, a expectativa é de que os promotores da Força Tarefa cheguem até o autor do vazamento.

O Ministério Público Estadual criou a Força Tarefa com 8 promotores, para investigar no âmbito estadual a Operação Lama Asfáltica, que apura fraudes em licitação na execução de obras com recursos federais. Já a Força Tarefa está concentrada na verificação do desvio de recursos estaduais na realização de obras em Mato Grosso do Sul.

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