ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
DEZEMBRO, TERÇA  02    CAMPO GRANDE 23º

Política

Maioria da bancada de MS aprova regras para licença ambiental especial

Matéria segue ao Senado e integra as discussões sobre mudanças após 63 vetos em julho

Por Gustavo Bonotto | 02/12/2025 21:13
Maioria da bancada de MS aprova regras para licença ambiental especial
Os deputados que representam Mato Grosso do Sul na Câmara: Vander Loubet (PT), Camila Jara (PT), Geraldo Resende (PSDB), Dagoberto Nogueira (PSDB), Humberto "Beto" Pereira (PSDB), Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP). (Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (2), a MP (Medida Provisória) de nº 1.308/2025, que retoma trechos vetados pelo governo e cria regras para a emissão da licença ambiental especial. Essa licença permite que obras e empreendimentos classificados como estratégicos passem por um processo de análise mais rápido, mas ainda dentro das três fases tradicionais do licenciamento.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória nº 1.308/2025, que estabelece regras para a emissão da licença ambiental especial. A nova legislação permite análise mais ágil de obras e empreendimentos estratégicos, mantendo as três fases tradicionais do licenciamento. A votação obteve 300 votos favoráveis e 123 contrários. Na bancada de Mato Grosso do Sul, cinco deputados votaram a favor da proposta: Marcos Pollon, Rodolfo Nogueira, Luiz Ovando, Humberto Pereira e Geraldo Resende. Camila Jara e Vander Loubet foram contrários, enquanto Dagoberto Nogueira se absteve. A medida segue para análise no Senado.

A votação ocorreu em turno único porque a MP perde validade na sexta (5) e precisava ser apreciada com urgência. Ao todo, foram 300 votos favoráveis e 123 contrários. Com isso, o projeto avançou ao Senado porque o plenário concluiu a análise das emendas e fechou o texto final.

Cinco deputados sul-mato-grossenses votaram pela aprovação da proposta e reforçaram o bloco que garantiu a criação da licença ambiental especial. Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL), Luiz Ovando (PP), Humberto “Beto” Pereira (PSDB) e Geraldo Resende (PSDB) apoiaram integralmente o relatório. Camila Jara (PT) e Vander Loubet (PT) rejeitaram a medida e seguiram a posição de parlamentares contrários ao formato adotado no licenciamento.

Dagoberto Nogueira (PSDB) registrou abstenção e não integrou os grupos que disputaram a definição da pauta. A discussão reuniu deputados de vários partidos e tratou de pontos que voltaram ao texto após análise da comissão mista, como a retirada do modelo monofásico, que encurtaria etapas e permitiria a emissão da licença em uma única fase. O governo manteve a exigência das três etapas tradicionais e do estudo de impacto, e o relator Zé Vitor (PL-MG) acolheu essa orientação.

A MP estabeleceu prazo máximo de um ano para a emissão da licença ambiental especial e determinou que o Conselho de Governo indique, por decreto, quais empreendimentos serão considerados estratégicos. A proposta também incluiu regras que impedem o uso da licença por adesão e compromisso em casos de mineração, remoção de famílias em áreas protegidas e projetos instalados em áreas contaminadas. O texto ainda restabeleceu a dispensa de licenciamento para dragagens de manutenção, com novas condições para operações portuárias.

O relatório retomou também a possibilidade de aproveitar estudos ambientais anteriores e dados de monitoramento remoto, desde que compatíveis com a nova atividade. A medida é defendida por setores que pedem rapidez para obras estratégicas, como projetos rodoviários e ações ligadas à exploração de petróleo. A redação final foi aprovada após acordo que suprimiu pontos do artigo 4º e rejeitou o destaque da federação PSOL-Rede.

A matéria segue ao Senado e integra as discussões sobre mudanças no licenciamento ambiental, retomadas após o veto de 63 trechos da lei aprovada em julho. O governo afirma que a revisão buscou preservar etapas essenciais da análise e evitar flexibilizações que poderiam fragilizar a fiscalização ambiental.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.