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Política

Mandetta anuncia na tribuna da Câmara que desistiu de disputar a reeleição

Em discurso no qual relembrou trajetória no Congresso, deputado federal de MS confirmou saída do processo eletivo deste ano

Humberto Marques | 08/08/2018 15:41
Mandetta fez pronunciamento na tribuna confirmando que não disputará a reeleição. (Foto: Reprodução)
Mandetta fez pronunciamento na tribuna confirmando que não disputará a reeleição. (Foto: Reprodução)

Deputado federal no exercício de seu segundo mandato, Luiz Henrique Mandetta (DEM) não disputará a reeleição. A possibilidade, que foi levantada depois que o parlamentar não colocou seu nome entre os dos candidatos do partido à Câmara dos Deputados na convenção de sábado (4), ainda poderia ser revista até 15 de agosto, data limite para apresentação dos nomes à Justiça Eleitoral, por discordar da aliança com o PSDB em Mato Grosso do Sul.

O parlamentar, que chegou a colocar o nome como pré-candidato ao governo, contestou a coligação por considerar que a mesma estava “mal calibrada”. No Democratas, uma das versões apontadas até então era justamente que a composição de chapas que dificultassem a reeleição de seus deputados federais era um impeditivo para o acordo. Tereza Cristina disputará a reeleição.

O DEM deve disputar a eleição para a Câmara em uma chapa com PSDB, PSD e PP, entre outros partidos. O partido ainda indicou seu presidente regional, Murilo Zauith, para a vice na campanha de Reinaldo Azambuja (PSDB) à reeleição.

Memória – Em discurso na tribuna da Casa, Mandetta lembrou estar em uma “caminhada de dois mandatos”, iniciada em 2009 quando decidiu se filiar ao DEM por identificação ideológica. Na Câmara, lembrou ter trabalhado na Comissão de Seguridade Social e Família –onde ajudou a expor a dívida de R$ 15 bilhões das entidades filantrópicas com Previdência e emplacou a Lei do Autismo, entre outros pontos.

Mandetta relembrou de propostas as quais se opôs –como o ingresso de profissionais cubanos no Mais Médicos, “com o Estado brasileiro e o Estado cubano usando força de trabalho de médicos cooptado pelo governo cubano, um crime pelo Pacto de Genebra”– e bandeiras que se levantou, como a proibição ao aborto. E disparou críticas às administrações do PT e do presidente Michel Temer, “este presidente que aí está, eleito pelo PT, cria das negociatas do PT com o PMDB”.

Apontando ainda questões como o abandono da ferrovia entre Três Lagoas e Corumbá e debates sobre desmatamento no Pantanal, bem como os problemas na segurança pública na região de fronteira, para introduzir o debate local, Mandetta confirmou não ter colocado o nome para apreciação da convenção por discordar do projeto do DEM estadual.

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