Marisa Serrano prega necessidade de reforma política
Diante de sentenças desencontradas da Justiça Eleitoral para temas semelhantes e utilização dos meios de comunicação por diversos partidos, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) defendeu a realização, o mais rapidamente possível, de uma reforma política.
Na opinião da parlamentar, em vez de discutir e deliberar sobre a proposta encaminhada pelo governo, o Congresso deveria elaborar um proposta própria. "O Senado tem a obrigação de oferecer proposta política exeqüível, e não ficar atrelada àquilo que o Executivo pensa"m disse.
Marisa Serrano citou como exemplos de iniciativas parlamentares a proposta de emenda à Constituição (PEC) de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que dispõe sobre o fim das coligações para eleições proporcionais e as PECs de autoria do senador Marco Maciel (DEM-PE) e do ex-senador Sibá Machado (PT-AC) tratando da chamada cláusula de barreira partidária.
"Essa discussão é fundamental, pois estamos acabando de sair de uma eleição com tantos problemas e não podemos ficar só reclamando. Eu ouvi aqui ontem [terça-feira] todos reclamarem, mas nós temos que partir para a ação. E o povo brasileiro espera que a gente tenha ação - conclamou a senadora.
Marisa Serrano foi aparteada por vários colegas, entre os quais o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), na opinião do qual "o modelo político brasileiro está condenado". No entendimento do senador Renato Casagrande (PSB-ES), foi bom o governo ter encaminhado suas sugestões, que deveriam ser discutidas por uma comissão especial mista, de modo que a proposta avance também na Câmara dos Deputados.
O senador Valter Pereira (PMDB-MS) acha que ainda no início do próximo ano, a quase dois anos do próximo pleito, o Congresso deve se dedicar à reforma política. E o senador Marco Maciel (DEM-PE) disse que a reforma é "gênero de primeira necessidade" e deve, em primeiro lugar, fortalecer os partidos políticos.
