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Política

Marun minimiza polêmica sobre “certificado de cacique” e elogia coordenador

Ministro elogia aliado indicado por ele na Funai e destaca que Paulo Rios é cotado para cargo na direção nacional da fundação

Humberto Marques | 15/06/2018 20:12
Ministro destacou capacidade de Paulo Rios e vê críticas em momento que aliado é cotado para órgão na direção nacional. (Foto: Paulo Francis)
Ministro destacou capacidade de Paulo Rios e vê críticas em momento que aliado é cotado para órgão na direção nacional. (Foto: Paulo Francis)

O ministro Carlos Marun (Secretaria-Geral da Presidência da República) minimizou a polêmica envolvendo a concessão de “certificados de cacique” pelo coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio de Mato Grosso do Sul), Paulo Rios Junior. Segundo ele, o tema veio à tona em um momento no qual o nomeado é cotado para assumir um posto na direção nacional do órgão.

Rios comanda a Coordenação Regional da Funai em Campo Grande desde setembro de 2017 por indicação do próprio Marun, que à época era deputado federal. “O Paulo Rios faz um grande trabalho na Funai. E no momento em que ele se coloca com possibilidade grande de assumir um cargo na Direção Nacional da Funai, surgem essas afirmações de algo realizado há cinco meses, no início do ano”, pontuou o ministro, sem revelar para qual cargo na fundação o atual coordenador regional estaria cotado.

No início do ano, Paulo Rios entregou a caciques eleitos nas aldeias do Estado certificados de reconhecimento por ele assinados, apontando-os como vencedores de disputas em suas comunidades. Cópias de tais documentos foram, inclusive, postadas pelo coordenador em seu perfil pessoal em uma rede social.

A medida, porém, foi criticada pela INA (que reúne servidores da Funai) e pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), por representar uma espécie de intromissão na autonomia das aldeias em elegerem seus representantes.

Em nota, a própria presidência da fundação considerou “desnecessária” a emissão dos certificados, indo ao encontro da avaliação das duas entidades e prometendo expedir uma circular para orientar seus coordenadores e demais servidores sobre o papel da Funai e os preceitos constitucionais que descartam a necessidade do documento.

Marun considerou a polêmica vazia e reiterou que “Mato Groso do Sul tem chance de ter mais um nome em destaque nacional” com a possível ascensão de Rios dentro da fundação.

Questionado se o surgimento do tema seria resultado de um possível “fogo amigo” por conta da possibilidade de nomeação do aliado em outro cargo na Funai –e diante de protestos dos próprios servidores sobre um suposto loteamento político da instituição–, o ministro salientou que “se trata de um fogo que, de amigo, não tem nada”.

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